A Gemini, bolsa de criptomoedas fundada pelos gêmeos Tyler e Cameron Winklevoss, inicia negociação nesta sexta-feira sob o código GEMI, depois de captar US$ 425 milhões em oferta pública inicial.
As ações foram precificadas a US$ 28, no teto da faixa indicativa de US$ 24 a US$ 26, resultando em valor de mercado aproximado de US$ 3 bilhões. O papel passa a integrar a Nasdaq, que aportou US$ 50 milhões na operação.
De acordo com o prospecto enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), a plataforma tem como objetivo “simplificar e proteger” a compra, venda, armazenamento, staking e coleta de ativos digitais.
Com a listagem, a Gemini soma-se a Coinbase e Bullish como exchanges cripto de capital aberto no país. O lançamento ocorre em meio ao impulso regulatório dado pelo GENIUS Act, sancionado em julho, que busca posicionar os Estados Unidos como centro global do segmento.
Tyler e Cameron Winklevoss permanecerão com 94,7% do poder de voto das ações ordinárias. Antes da oferta, a fortuna de cada um era estimada em US$ 14 bilhões, segundo o Bloomberg Billionaires Index.
Imagem: Suzanne O via foxbusiness.com
A empresa movimentou cerca de US$ 21 bilhões em ativos e US$ 285 bilhões em volume de negociações até julho, mas ainda não é lucrativa: o prejuízo somava US$ 285,2 milhões até junho.
No documento à SEC, a Gemini afirma enxergar “um longo caminho pela frente”, estimando que a criptoeconomia será adotada por bilhões de pessoas e empresas nas próximas décadas.
Bitcoin, maior criptomoeda do mundo, acumula alta de 22,5% no ano e atingiu novo recorde acima de US$ 115 mil na noite de quinta-feira. Já o Ethereum avança quase 32%, embora permaneça abaixo do topo histórico de US$ 4.955,23 registrado no mês passado. Para comparação, o índice S&P 500 sobe 12% no mesmo período.