Gestor da Legacy afirma que Banco do Brasil e Petrobras passam por sucateamento

Dificuldades e desafios21 minutos atrás6 pontos de vista

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São Paulo, 18 de agosto de 2025 – O sócio e gestor da Legacy Capital, Felipe Guerra, declarou em evento promovido pela Warren que o Banco do Brasil (BBAS3) e a Petrobras (PETR4) enfrentam um processo de sucateamento, mesmo diante da recente valorização dos ativos brasileiros.

Banco do Brasil

Segundo Guerra, o balanço do Banco do Brasil já evidencia os impactos da deterioração das estatais. A instituição registrou lucro 60% menor no último trimestre, somando R$ 3,8 bilhões, e viu o ROE cair para 8%. O resultado foi pressionado pela combinação de aumento da inadimplência no agronegócio e normas mais rígidas do Banco Central, o que levou a forte elevação nas provisões para perdas.

A Legacy adotou uma posição vendida nas ações do BBAS3 e projeta redução significativa nos dividendos, que podem ser cortados pela metade ou até mais, afirmou o gestor.

Petrobras

Sobre a Petrobras, Guerra destacou que a companhia tem “consumido” o retorno em dividendos ao direcionar recursos a gastos considerados desnecessários. Após a divulgação do resultado trimestral, a estatal perdeu cerca de R$ 32 bilhões em valor de mercado, refletindo a percepção de que pretende investir em áreas menos rentáveis, como distribuição de gasolina e gás.

Cenário macroeconômico

Guerra observou que a apreciação dos ativos locais ocorreu “apesar das medidas do governo” e atribuiu a melhora ao ambiente internacional. “O Brasil não fez nada para merecer a melhora; é fruto dos tempos”, afirmou.

Gestor da Legacy afirma que Banco do Brasil e Petrobras passam por sucateamento - Imagem do artigo original

Imagem: Renan Dantas via moneytimes.com.br

Para o gestor, a continuidade de um cenário externo favorável pode beneficiar o país, desde que “não escorregue em casca de banana”. Ele ressaltou que a eleição presidencial de 2026 é um ponto de atenção para os investidores, que esperam uma possível alternância de poder com maior compromisso fiscal.

Guerra acrescentou que, se o ambiente global se deteriorar, a volatilidade tende a aumentar, especialmente em ano eleitoral. “Com o externo bom, o estrangeiro aceita ficar mais um pouco; com o externo ruim, ninguém vai aguentar”, concluiu.

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