Os shopping centers seguem entregando crescimento real acima da inflação e demonstram baixa inadimplência, avaliaram gestores de fundos imobiliários durante o FII Experience 2025, realizado na quarta-feira, 22 de outubro, em São Paulo.
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Compass, destacou que a combinação de aluguel, estacionamento e abertura de novas lojas em áreas subutilizadas sustenta a expansão dos empreendimentos. “Os indicadores operacionais estão muito positivos, com avanço de dois dígitos e inadimplência reduzida”, disse, ao reforçar que o desempenho não se trata de “voo de galinha”, mas de um movimento estrutural.
Para Pedro Carraz, gestor da XP Asset, shoppings devem ser analisados como investimentos para a próxima década. Ele argumentou que, diferentemente de galpões ou edifícios corporativos, esses ativos podem ser aprimorados com alterações na arquitetura, no mix de lojas e na experiência do consumidor, justificando pagar mais por propriedades consideradas icônicas e difíceis de replicar.
Questionado sobre o impacto das vendas on-line, Carraz afirmou que o relacionamento entre lojas físicas e comércio eletrônico evoluiu para um modelo integrado. “Com a pandemia, muitos previram o fim dos shoppings, mas eu nunca tive receio. Eles fazem parte da cultura do brasileiro”, afirmou.
Imagem: Igor Grecco via moneytimes.com.br
O gestor da XP ressaltou ainda que os centros comerciais vêm se reposicionando para oferecer lazer, educação e serviços. Segundo ele, a tendência é abrigar até universidades, aumentando o fluxo de pessoas e, consequentemente, o faturamento. “Quanto maior o mix, maior o fluxo; e fluxo gera renda, que gera aluguel”, concluiu.