Governador de Ohio pede fim das apostas em desempenho individual após investigação de arremessadores do Guardians

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O governador de Ohio, Mike DeWine, solicitou nesta quinta-feira que a Comissão de Controle de Cassinos do estado proíba as apostas em estatísticas individuais de jogadores, conhecidas como player props. O pedido ocorre em meio à investigação da Major League Baseball (MLB) contra os arremessadores do Cleveland Guardians Emmanuel Clase e Luis Ortiz por suspeita de envolvimento com apostas esportivas.

“As evidências de que as apostas em props estão prejudicando o esporte em Ohio chegaram a um ponto crítico”, afirmou DeWine em comunicado. “Houve ameaças a atletas do estado e agora dois jogadores de alto perfil foram suspensos pela MLB durante uma investigação de apostas. O dano à integridade do jogo é claro e os benefícios não compensam os prejuízos.”

Investigação na MLB

Clase, de 27 anos, e Ortiz foram colocados em licença administrativa enquanto a liga analisa o caso. No jogo sob suspeita, dois arremessos de Ortiz viraram alvo após um grande volume de apostas prever que ele lançaria bolas fora da zona de strike, o que de fato ocorreu. Ainda não se sabe o motivo específico pelo qual Clase entrou na investigação.

Em 2024, Classe soma cinco vitórias, três derrotas e 24 salvamentos em 48 partidas, mas registra sua pior média de corridas merecidas na carreira, com 3,23. O dominicano liderou a Liga Americana em salvamentos nas três temporadas anteriores e era visto como possível nome para troca antes do prazo final deste ano.

Contexto das apostas esportivas

O aumento das apostas esportivas legais tem levado as principais ligas norte-americanas a rever políticas. Em junho de 2024, a MLB suspendeu cinco atletas por envolvimento com apostas, incluindo banimento vitalício do infielder Tucupita Marcano, acusado de 387 apostas que somaram mais de US$ 150 mil entre 2022 e 2023. Outros quatro jogadores — Michael Kelly, Jay Groome, Andrew Saalfrank e José Rodríguez — pegaram gancho de um ano.

Imagem: Samantha Madar/Columbus Dispatch via foxbusiness.com

Casos similares também surgiram na NBA, que analisa restringir apostas em desempenho individual após o pivô Jontay Porter ser banido por apostar em jogos da própria equipe. Já o árbitro de beisebol Pat Hoberg foi demitido em fevereiro por compartilhar contas de apostas com um amigo e apagar mensagens relevantes para uma investigação da liga.

Para DeWine, o banimento das player props é necessário para proteger atletas e preservar a credibilidade das competições. A decisão agora está nas mãos da Comissão de Controle de Cassinos de Ohio, responsável por regular o mercado de apostas no estado.

Com informações de Fox Business