A Receita Federal informou nesta quinta-feira (21) que a arrecadação do governo federal atingiu R$ 254,221 bilhões em julho de 2025, valor 4,57% superior, em termos reais, ao registrado no mesmo mês de 2024. Trata-se do maior resultado para meses de julho na série histórica iniciada em 1995.
No acumulado de janeiro a julho, a arrecadação somou R$ 1,680 trilhão, crescimento real de 4,41% frente aos sete primeiros meses de 2024, também recorde para períodos equivalentes.
O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) arrecadou R$ 6,55 bilhões em julho, alta real de 13% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. O aumento representa R$ 756 milhões a mais do que em julho de 2024, já descontada a inflação. O avanço do IOF foi apontado pela Receita como um dos principais responsáveis pelo resultado geral, após elevação da alíquota anunciada pelo governo em maio.
Os tributos sob gestão direta do órgão somaram R$ 239,0 bilhões em julho, avanço real de 5,75% na comparação anual. Entre janeiro e julho, o montante chegou a R$ 1,604 trilhão, 5,15% acima do mesmo período de 2024.
As receitas arrecadadas por outros órgãos, com forte participação de royalties do petróleo, recuaram 11,0% em julho, para R$ 15,221 bilhões. No acumulado do ano, a queda real foi de 9,08%, totalizando R$ 75,968 bilhões.
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A arrecadação conjunta de Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) alcançou R$ 59,472 bilhões em julho, aumento real de 8,38% frente a 2024. A Receita atribuiu o resultado a pagamentos decorrentes de declarações de contribuintes, recolhimentos de residentes no exterior e receitas atípicas de empresas, que acrescentaram cerca de R$ 3 bilhões.
Também em julho, as receitas previdenciárias subiram 3,41%, enquanto a arrecadação de PIS/Cofins avançou 2,89% em termos reais. No acumulado de janeiro a julho, houve alta de 4,64% em PIS/Cofins, 3,74% em receitas previdenciárias e 23,01% no Imposto de Importação.
O desempenho da arrecadação contribuiu para a estratégia do governo de buscar equilíbrio nas contas públicas. Em julho, diante da melhora nas receitas, a equipe econômica reduziu de R$ 31,3 bilhões para R$ 10,7 bilhões o bloqueio de verbas dos ministérios destinado a cumprir as regras fiscais.