O líder exilado do Hamas, Khalil Al-Hayya, afirmou nesta quinta-feira (9) que a guerra iniciada em 2023 na Faixa de Gaza chegou ao fim de forma permanente. A declaração foi divulgada pela agência Reuters e acompanha a assinatura de um acordo de cessar-fogo entre o grupo palestino e Israel.
Segundo Hayya, a confirmação do término das hostilidades veio após garantias oferecidas pelos Estados Unidos, por mediadores árabes e pela Turquia. O dirigente, que escapou de uma tentativa de assassinato no Catar há um mês, destacou que o entendimento marca a primeira etapa da iniciativa do presidente norte-americano Donald Trump para pacificar a região.
O acordo prevê:
De acordo com a Reuters, o Hamas deverá liberar 20 reféns vivos até 72 horas após o início do cessar-fogo. Israel, por sua vez, se compromete a libertar 250 palestinos condenados a longas penas e outras 1.700 pessoas detidas desde 7 de outubro de 2023. O entendimento também inclui a reabertura de uma passagem fronteiriça com o Egito e a libertação de todas as mulheres e crianças palestinas presas em território israelense.
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Com o anúncio do fim da guerra, analistas de mercado apontam que alguns ativos considerados de segurança podem devolver parte da valorização acumulada nos últimos anos. Entre eles, destacam-se o ouro e o petróleo, cujos preços estavam pressionados pelo risco de cortes na produção no Oriente Médio.
Durante pronunciamento na Casa Branca, Trump disse acreditar que o cessar-fogo poderá abrir caminho para “uma paz duradoura” na região.