Nova York, 18 de junho de 2024 – Hyundai e Kia concordaram em reforçar os dispositivos de segurança de milhões de veículos vendidos nos Estados Unidos após serem acusadas por mais de 30 estados de não instalar tecnologias antirroubo consideradas padrão no setor.
• As montadoras oferecerão, sem custo, protetores de cilindro de ignição reforçados com zinco para proprietários de modelos elegíveis.
• Todos os veículos das marcas produzidos futuramente para o mercado norte-americano passarão a sair de fábrica com imobilizadores de motor.
• Até US$ 9 milhões serão destinados a ressarcimentos de consumidores e estados participantes.
• Cerca de 3,9 milhões de unidades da Hyundai e 3,1 milhões da Kia poderão receber o upgrade; o custo total da instalação pode superar US$ 500 milhões, segundo a Reuters.
De acordo com o procurador-geral de Nova Jersey, Matthew Platkin, que anunciou o entendimento nesta terça-feira (18), a ausência de imobilizadores facilitou um método rápido de ligação direta que se espalhou nas redes sociais em 2023, provocando aumento expressivo nos furtos e em colisões envolvendo os carros subtraídos.
Dados oficiais apontam que, em 2015, apenas 26% dos veículos da Hyundai e da Kia comercializados nos EUA possuíam imobilizador, contra 96% da frota de outras fabricantes.
Segundo o cronograma apresentado, proprietários aptos começarão a receber notificações no início de 2026 e terão até março de 2027 para instalar o protetor de ignição em concessionárias autorizadas.
Imagem: Sophia Compton FOXBusiness via foxbusiness.com
O processo foi conduzido pelos estados de Connecticut, Minnesota e New Hampshire, com Nova Jersey, Califórnia, Delaware, Illinois, Maryland, Nevada e Washington atuando como co-líderes. Hyundai não comentou o acerto até o fechamento desta edição; a Kia declarou, por e-mail, que segue “totalmente comprometida” com a segurança dos veículos e tem buscado “soluções eficazes” contra furtos.
O acordo marca uma etapa decisiva na tentativa de conter crimes envolvendo modelos das duas montadoras e de responsabilizá-las pela falta do equipamento antirroubo.