Ibovespa renova máximas e fecha acima de 158 mil pontos; dólar recua para R$ 5,33

São Paulo, 26 de novembro de 2025 – O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira (26) com avanço de 1,70%, aos 158.554,94 pontos, superando o recorde nominal registrado em 11 de novembro (157.748,60 pontos). Durante a sessão, o índice marcou também nova máxima histórica intradia, alcançando 158.713,52 pontos (+1,80%). Foi o terceiro dia seguido de valorização.

No câmbio, o dólar à vista caiu 0,78% e fechou cotado a R$ 5,3346.

Impulso externo e agenda doméstica

O movimento positivo foi influenciado pelo forte desempenho das bolsas de Nova York na véspera do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. Internamente, investidores acompanharam declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que reiterou à GloboNews a necessidade de plano de reestruturação dos Correios para qualquer apoio do Tesouro.

Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil, cria descontos até R$ 7.350 e impõe alíquota para rendas anuais superiores a R$ 600 mil. A Receita Federal estima ganho de R$ 1,9 bilhão com a mudança.

Entre os indicadores, o IPCA-15 subiu 0,20% em novembro, acima do consenso de 0,18%. No acumulado de 12 meses, a prévia da inflação ficou em 4,50%.

Desempenho das ações

Os bancos sustentaram o recorde do Ibovespa após o Banco Central informar que o estoque total de crédito avançou 0,9% em outubro, com inadimplência de 5,3% nos recursos livres e spread de 32,6 pontos percentuais.

A Vale (VALE3) ganhou quase 2% e ultrapassou R$ 66, beneficiada pela alta de 0,19% do minério de ferro em Dalian, a 797 yuans (US$ 112,49) a tonelada. O maior avanço do dia ficou com Rumo (RAIL3), que saltou mais de 9%, enquanto Hapvida (HAPV3) liderou as perdas ao ceder mais de 7% após revisões negativas de analistas.

Imagem: Liliane de Lima via moneytimes.com.br

Cenário internacional

Em Wall Street, os principais índices completaram quatro sessões de ganhos diante da expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro. Segundo a ferramenta FedWatch do CME Group, havia 84,9% de probabilidade de redução da taxa para 3,50%-3,75% ao ano. O Livro Bege indicou estabilidade da atividade e leve recuo do emprego.

Fechamento em Nova York: Dow Jones +0,67% (47.427,12 pontos); S&P 500 +0,69% (6.812,61 pontos); Nasdaq +0,82% (23.214,69 pontos). As bolsas norte-americanas não operam nesta quinta-feira (27) e retomam o pregão na sexta-feira (28) em horário reduzido.

Na Europa, o Stoxx 600 avançou 1,09%, aos 574,21 pontos, com atenção ao Orçamento de Outono do Reino Unido. Na Ásia, o Nikkei fechou em 49.559,07 pontos (+1,85%) e o Hang Seng em 25.928,08 pontos (+0,13%), impulsionados pelas expectativas de afrouxamento monetário nos EUA e pela política fiscal japonesa.

Com o resultado de hoje, o Ibovespa acumula alta de 3,32% em novembro e de 18,45% em 2025.