O Ibovespa iniciou o pregão desta quarta-feira, 30 de julho, em baixa, enquanto investidores aguardam as decisões de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Federal Reserve (Fed), além de acompanharem desdobramentos na frente comercial e a divulgação de balanços corporativos.
Às 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da B3 caía 0,43%, aos 132.156 pontos. No mesmo horário, o dólar à vista avançava 0,43%, cotado a R$ 5,5937 na venda.
As expectativas apontam para manutenção das taxas em ambos os países. Nos Estados Unidos, 96,9% das apostas monitoradas pelo CME Group indicam que o Fed manterá o juro entre 5,25% e 5,50% ao ano. No Brasil, o Copom deve preservar a Selic em 15% ao ano.
O comunicado do banco central norte-americano ganha relevo diante da pressão do presidente Donald Trump por cortes antecipados. Já no cenário doméstico, o governo brasileiro destaca a necessidade de estabilidade monetária em meio à tensão comercial com Washington, que aplicará tarifa de 50% sobre exportações brasileiras a partir de agosto.
Prévia divulgada pelo Bureau of Economic Analysis mostra que o Produto Interno Bruto dos EUA cresceu a taxa anualizada de 3% entre abril e junho, sustentado por menor volume de importações e maior gasto do consumidor. O resultado superou a contração de 0,5% registrada um ano antes e a projeção de +2,4% do mercado.
Investidores acompanham as tratativas para amenizar o atrito tarifário entre Brasil e Estados Unidos. A Casa Branca avalia criar lista de exceções para produtos não produzidos em solo americano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mencionou possibilidade de conversa direta entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump sobre o tema.
No calendário de resultados desta quarta-feira estão Tim, Santander, Bradesco, Ecorodovias e ISA Energia.
Imagem: Juliana Caveiro via moneytimes.com.br
O Santander abriu a temporada dos grandes bancos com lucro líquido recorrente de R$ 3,659 bilhões no 2T25, alta de 9,8% em 12 meses e de 5,2% ante o trimestre anterior, porém abaixo da estimativa de R$ 3,8 bilhões da Bloomberg. A rentabilidade (ROAE) ficou em 16,4%.
A Petrobras informou produção média de 2,9 milhões de barris de óleo equivalente por dia no 2T25, avanço de 5% sobre o 1T25 e de quase 8% em relação ao 2T24. A empresa também registrou recorde no pré-sal, com 2,39 milhões de boe/d, e produção total operada de 4,19 milhões de boe/d, altas de 5,3% trimestre a trimestre e 12,1% ano a ano.
O mercado segue atento aos próximos pronunciamentos do Copom e do Fed, que definirão o tom dos negócios ao longo do dia.
Com informações de Money Times