Ibovespa fecha em alta de 1,7% e atinge recorde de 158.555 pontos

O Ibovespa avançou 1,7% nesta quarta-feira, 26 de novembro de 2025, e encerrou o pregão aos 158.555 pontos, novo recorde histórico do principal índice da B3.

Com o desempenho de hoje, o indicador acumula ganhos de 2,45% na semana, 6% em novembro e 31,8% no ano.

Fluxo estrangeiro reforça apetite por risco

Na véspera do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, investidores internacionais aumentaram a exposição a ativos de risco, impulsionados pela expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro. O volume financeiro somou R$ 18,7 bilhões, 15% acima da média diária dos últimos 12 meses, de R$ 16,3 bilhões.

Selic no radar

No mercado doméstico, a perspectiva de início do ciclo de redução da Selic no começo de 2026 ganhou força após o IPCA-15 de novembro colocar a inflação em 12 meses dentro da faixa de tolerância da meta do Banco Central, abaixo do teto de 4,5%.

No mercado de juros futuros, a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 passou de 13,51% para 13,52% ao ano. Os contratos para janeiro de 2029 recuaram de 12,74% para 12,71%, enquanto o vencimento de janeiro de 2036 cedeu de 13,33% para 13,24%.

Dólar perde força

O dólar à vista caiu 0,77%, cotado a R$ 5,33. Na semana, a moeda acumula queda de 1,23% e, em novembro, recuo de 0,84%. No acumulado do ano, a desvalorização chega a 13,68%.

Imagem: A.J. Rich via valorinveste.globo.com

Robôs lideram ordens de compra

Fundos quantitativos, que operam por meio de algoritmos, seguem determinando parte relevante do fluxo para ações brasileiras. Os modelos são impulsionados por sinais estatísticos como dólar mais fraco, perspectiva de juros menores e preços considerados atrativos.

Desempenho das ações

Dos 82 papéis que compõem o Ibovespa, 65 fecharam em alta. Os destaques positivos foram Rumo (RAIL3), com avanço de 9,14%, e Vamos (VAMO3), que subiu 6,63%. Na ponta oposta, Hapvida (HAPV3) recuou 7,15%, liderando as perdas.

Analistas observam que, enquanto o cenário externo permanecer favorável a cortes de juros nos Estados Unidos e o mercado mantiver a expectativa de alívio na Selic, o índice tende a seguir pressionado para cima. Entretanto, o ambiente político local, às vésperas do calendário eleitoral de 2026, permanece como fator de atenção para os investidores.