O Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira, 5 de setembro de 2025, em alta de 1,2%, aos 142.691,02 pontos, segundo números preliminares. No ponto mais elevado do dia, o principal índice da B3 alcançou 143.408,64 pontos, renovando o recorde histórico. Na semana, o avanço acumulado foi de 0,9%.
A criação de apenas 22 mil vagas nos Estados Unidos em agosto, bem abaixo da projeção de 76 mil, reforçou a percepção de que o Federal Open Market Committee (FOMC) deverá reduzir os juros na reunião de setembro.
Para o economista sênior do Inter, André Valério, os dados frágeis do mercado de trabalho tornam “muito provável” um corte de até 50 pontos-base. Caso o comitê opte por 25 pontos-base, ele avalia que a autoridade monetária pode sinalizar uma série de reduções ao longo dos próximos encontros.
A divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de agosto, marcada para 11 de setembro, será determinante para o ritmo e a frequência dos ajustes. Se a inflação permanecer contida, volta a ganhar força a hipótese de três cortes até dezembro; por ora, o Inter projeta reduções nas reuniões de setembro e dezembro.
Ultrapar (UGPA3) liderou os ganhos do dia, com alta de aproximadamente 6%, após a edição de medida provisória que institui o programa Gás para o Povo. O Itaú BBA vê a iniciativa como fator que diminui o risco regulatório no segmento de distribuição, ponto relevante para a tese de investimento na Ultragaz.
Imagem: Equipe Money Times via moneytimes.com.br
Na ponta oposta, Petrobras (PETR3; PETR4) recuou quase 2%, acompanhando a queda dos preços do petróleo no mercado internacional.
O movimento geral do mercado refletiu a combinação de dados macroeconômicos nos Estados Unidos e notícias corporativas locais, sustentando o clima positivo para ativos brasileiros.