Ibovespa recua 0,25% pressionado por Vale e bancos; dólar fecha a R$ 5,56

No penúltimo pregão de 2025, nesta segunda-feira (29), o Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,25%, aos 160.490,30 pontos. O desempenho foi afetado pela retração de ações de peso, como Vale (VALE3) e os principais bancos, mesmo com a valorização das commodities.

No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,44% e terminou cotado a R$ 5,5689.

Cenário doméstico

As eleições permaneceram no centro das atenções. Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas apontou desaprovação de 50,9% ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), repetindo o percentual da pesquisa anterior; a aprovação caiu de 45,9% para 45,6%. O estudo ouviu 2.038 pessoas entre 18 e 22 de dezembro, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais e 95% de confiança.

Entre os indicadores econômicos, o governo central registrou déficit primário de R$ 20,172 bilhões em novembro. Analistas consultados pela Reuters projetavam rombo de R$ 13,5 bilhões. No acumulado do ano, o déficit alcança R$ 83,823 bilhões; excluídos gastos fora da meta, o saldo negativo é de R$ 40,4 bilhões. A meta oficial para 2025 é déficit zero, com banda de tolerância de 0,25% do PIB (cerca de R$ 31 bilhões).

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,01% em dezembro e fechou 2025 com retração de 1,05%.

Destaques da B3

Altas – Brava Energia (BRAV3) liderou os ganhos, com avanço próximo de 4%, impulsionada pela alta do petróleo. O contrato futuro do Brent para março subiu 2,07%, a US$ 61,49 o barril, em meio a tensões entre Estados Unidos e Venezuela e às negociações de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia. Petrobras (PETR4) ganhou 1% após comunicar parada temporária na plataforma P-69, no campo de Tupi, por procedimento de segurança.

Quedas – Os bancos recuaram em bloco diante da percepção de risco institucional envolvendo o Banco Central e o Supremo Tribunal Federal no caso Master. Vale (VALE3) cedeu quase 2%, apesar da alta de 2,58% do minério de ferro a 796,5 yuans (US$ 113,66) a tonelada em Dalian. O papel foi o mais negociado da sessão, com mais de 30,5 mil negócios e giro superior a R$ 1 bilhão. Cogna (COGN3) liderou as perdas do índice, embora ainda acumule valorização de cerca de 240% no ano.

Imagem: Liliane de Lima via moneytimes.com.br

Mercados externos

Em Wall Street, os principais índices recuaram após recentes recordes:

• Dow Jones: –0,51%, aos 48.461,93 pontos;
• S&P 500: –0,35%, aos 6.905,74 pontos;
• Nasdaq: –0,50%, aos 23.474,34 pontos.

Investidores acompanharam as negociações de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, a tensão entre Estados Unidos e Venezuela e aguardaram a ata da última reunião do Federal Reserve, que no início do mês reduziu a taxa básica em 0,25 ponto, para 3,50%-3,75% ao ano, o terceiro corte seguido.

Na Europa, o índice Stoxx 600 subiu 0,09%, a 589,25 pontos. Na Ásia, o Nikkei recuou 0,44%, aos 50.526,92 pontos, enquanto o Hang Seng caiu 0,71%, para 25.635,23 pontos.