Ibovespa futuro avança 1,64% e rompe resistência; dólar futuro fecha estável

São Paulo, 4 de dezembro de 2025 – O contrato de Ibovespa futuro para dezembro (WINZ25) encerrou o pregão desta quinta-feira em alta de 1,64%, aos 165.345 pontos.

De acordo com análise técnica do BTG Pactual, o mini-índice voltou a ultrapassar a resistência localizada em 164.045 pontos; a próxima barreira está projetada em 166.245 pontos. O preço permanece acima das médias móveis de 21 e 50 períodos, preservando a tendência de alta. O Índice de Força Relativa (IFR) segue em nível de sobrecompra, indicando mercado esticado no curto prazo. O ativo mantém viés positivo nos horizontes curto, médio e longo após ter testado suporte na região de 159.700 pontos.

Dólar futuro

O dólar futuro com vencimento em janeiro de 2026 (DOLF26) terminou praticamente estável, cotado a R$ 5,341. Para o BTG Pactual, a região de R$ 5,365 continua a atuar como forte resistência; o IFR em terreno neutro revela falta de ímpeto comprador. Os suportes imediatos encontram-se em R$ 5,300 e R$ 5,286, enquanto somente um avanço acima de R$ 5,366 poderia aliviar temporariamente o viés negativo.

Câmbio externo

Por volta das 17h (horário de Brasília), o índice DXY – que compara o dólar norte-americano a seis moedas fortes – subia 0,14%, para 99.007 pontos, impulsionado pela alta dos rendimentos dos Treasuries. Apesar disso, a moeda americana perdeu força frente ao real diante da expectativa de que o Federal Reserve realize, na próxima semana, o terceiro corte consecutivo na taxa básica dos Estados Unidos.

Perto do fechamento, a ferramenta FedWatch, do CME Group, apontava 87% de probabilidade de redução de 0,25 ponto percentual, para o intervalo de 3,50% a 3,75% ao ano. Na véspera, a chance estimada era de 90%.

Imagem: Equipe Money Times via moneytimes.com.br

Dados domésticos

No cenário interno, investidores repercutiram o Produto Interno Bruto do terceiro trimestre, divulgado pelo IBGE. A economia brasileira cresceu 0,1% entre julho e setembro em comparação com o segundo trimestre, resultado mais fraco desde a queda de 0,1% registrada no último trimestre de 2024 e abaixo da mediana de 0,2% apurada pela Reuters.

Para o Itaú BBA, o desempenho confirma a desaceleração gradual da atividade. Parte do mercado avalia que o dado abre espaço para início do ciclo de cortes da Selic já em janeiro, ainda que março siga como o mês mais provável.