Ibovespa futuro avança 0,60% e rompe resistência; dólar futuro também sobe

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O contrato futuro do Ibovespa para dezembro (WINZ25) encerrou o pregão desta quarta-feira, 15 de outubro de 2025, em alta de 0,60%, aos 145.790 pontos. O movimento confirmou o rompimento da resistência de 142.700 pontos indicada em análise técnica do BTG Pactual e ativou um pivô de alta, cujo primeiro objetivo era a faixa dos 144 mil pontos.

No câmbio, o dólar futuro para novembro (WDOX25) subiu 0,45%, sendo negociado a R$ 5,4730. Apesar da valorização, os técnicos apontam manutenção de um cenário lateral, com suporte em R$ 5,400 e resistência em R$ 5,500; a definição de tendência dependerá do rompimento de um desses níveis.

Contramão do exterior

A alta do contrato de dólar no Brasil ocorreu na direção oposta ao mercado internacional. Por volta das 17h (horário de Brasília), o índice DXY — que compara o dólar a seis moedas fortes — recuava 0,36%, a 98.686 pontos, refletindo apostas em um corte de juros nos Estados Unidos e ajuste técnico após dias de valorização.

Cenário externo

Investidores mantêm cautela diante do shutdown do governo norte-americano, que já dura 15 dias, e do avanço das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O presidente Donald Trump anunciou tarifa adicional de 100% sobre produtos de construção naval chineses a partir de 9 de novembro, ampliando o conflito que ganhou força na véspera com novas taxas portuárias sobre transporte marítimo.

Para Stephen Miran, diretor do Federal Reserve, as medidas elevam os riscos para a economia global e reforçam a necessidade de cortes nos juros norte-americanos.

Imagem: Equipe Money Times via moneytimes.com.br

Fatores domésticos

No Brasil, operadores acompanharam declarações do diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Paulo Picchetti. Em evento do JP Morgan, em Washington, ele afirmou que a atividade econômica desacelera conforme o previsto e que a política monetária está surtindo efeito, descartando, por ora, a possibilidade de recessão.

Também esteve no radar a expectativa de novas medidas de compensação fiscal após a rejeição da Medida Provisória 1.303, que tratava da tributação de aplicações financeiras e das apostas esportivas.