O contrato futuro do Ibovespa para dezembro (WINZ25) terminou a sessão desta quinta-feira, 6 de novembro de 2025, praticamente inalterado, com leve baixa de 0,03%, aos 155.740 pontos.
Relatório técnico divulgado mais cedo pelo BTG Pactual indicou que o índice não apresenta sinais de reversão e segue com espaço para atingir o objetivo de 156.940 pontos. Os principais níveis de suporte, segundo o banco, estão nas médias de 21 e 50 períodos do gráfico de 60 minutos, em 153.930 e 152.620 pontos, respectivamente.
No mercado de câmbio, o dólar futuro recuou 0,15% e encerrou cotado a R$ 5,38.
No exterior, a moeda norte-americana também perdeu força. Por volta das 17h, o índice DXY — que compara o dólar com uma cesta de divisas de países desenvolvidos — cedia 0,47%, a 99,733 pontos, reflexo de menor aversão ao risco diante da perspectiva de redução de tarifas comerciais.
O movimento foi influenciado pela audiência na Suprema Corte dos Estados Unidos que questionou se a lei de 1977, destinada a situações de emergência, de fato concede ao presidente poderes para impor tarifas comerciais. A incerteza sobre a legalidade dessas taxas contribuiu para a queda do dólar.
Além disso, o prolongamento da paralisação parcial do governo norte-americano, que entrou no 37º dia, e a reavaliação de perspectivas para o setor de inteligência artificial pesaram sobre os mercados.
Imagem: Equipe Money Times via moneytimes.com.br
No Brasil, o desempenho do mini-índice refletiu a decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em 15% ao ano pela terceira reunião consecutiva, patamar mais elevado desde 2006. O Banco Central reforçou que a política monetária seguirá “significativamente contracionista” por período prolongado.
Para Bruno Shahini, da Nomad, a manutenção da Selic estimulou operações de carry trade e sustentou o real, mesmo em um ambiente externo ainda volátil.
Com esses elementos, o Ibovespa futuro permaneceu estável, mas analistas seguem apontando tendência de alta diante dos suportes técnicos e da perspectiva de continuidade dos fluxos para ativos de risco no mercado doméstico.