Ibovespa futuro encerra sessão estável aos 148.825 pontos; dólar futuro avança 0,04%

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São Paulo, 24 de outubro de 2025 – O contrato de Ibovespa futuro para dezembro de 2025 (WINZ25) fechou esta sexta-feira praticamente inalterado, aos 148.825 pontos.

Análise técnica divulgada pelo BTG Pactual pela manhã indica que os 148 mil pontos funcionam como suporte relevante. Para retomar o movimento comprador, o índice precisaria superar a resistência de 149.100 pontos.

No mercado de câmbio, o dólar futuro registrou leve alta de 0,04%, encerrando a sessão a R$ 5,3955. Segundo o BTG, o cenário de baixa ainda não está confirmado: a quebra do patamar de R$ 5,380 seria necessária para acelerar a pressão vendedora.

Dólar acompanha cautela externa

A moeda americana acompanhou o sentimento de cautela no exterior. Por volta das 17h, o índice DXY — que compara o dólar a seis divisas principais — operava praticamente estável, com recuo de 0,04%, aos 98,892 pontos.

O dia foi marcado pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos. O indicador subiu 0,3% em setembro e acumulou alta de 3% em 12 meses, resultados abaixo das estimativas. O núcleo do CPI, que exclui itens voláteis, avançou 0,2% no mês, também abaixo do esperado.

Imagem: Equipe Money Times via moneytimes.com.br

Após os números, os mercados mantiveram a expectativa de que o Federal Reserve corte a taxa básica em 0,25 ponto percentual na reunião da próxima quarta-feira (29), para a faixa de 3,75% a 4,00% ao ano, de acordo com dados da ferramenta FedWatch, do CME Group.

Reação limitada ao IPCA-15

No Brasil, o Ibovespa futuro mostrou pouca resposta ao IPCA-15 de outubro, que subiu 0,18% — abaixo da projeção de 0,24% e inferior à alta de 0,48% observada em setembro. O resultado reforçou a percepção de desaceleração da inflação, apesar das pressões fiscais.

Além disso, investidores seguem atentos a possíveis medidas de corte de gastos e ajustes no arcabouço fiscal que o governo estuda anunciar nas próximas semanas. Para Bruno Komura, estrategista da Ouro Preto Investimentos, a combinação de inflação mais branda no Brasil e nos EUA melhora o ambiente de risco global, mas o quadro fiscal doméstico permanece como principal ponto de atenção.