São Paulo, 8 de outubro de 2025 – O contrato futuro do Ibovespa (mini-índice WINV25) avançou 0,62% nesta quarta-feira, encerrando o dia aos 142.500 pontos. O movimento acompanhou o otimismo em Wall Street e a valorização do petróleo, mas não foi suficiente para romper a resistência técnica de 143.800 pontos.
Análise do BTG Pactual aponta que a retomada da força compradora depende da superação das barreiras de 143.800 e, posteriormente, 146.000 pontos. Mesmo com tendência de baixa no curto e médio prazos, o viés de longo prazo segue positivo. O suporte principal está em 140.000 pontos; um teste nesse patamar deve definir o rumo do índice nas próximas sessões.
O contrato de dólar para novembro caiu 0,43% e fechou a R$ 5,364, na contramão do exterior. Lá fora, o índice DXY – que compara o desempenho da divisa norte-americana com seis moedas – subiu 0,27%, para 98.852 pontos.
No gráfico intradiário, o ativo formou um microcanal de alta, mas, em perspectiva mais ampla, a figura se assemelha a uma bandeira de baixa. O topo do canal está próximo de R$ 5,400. Para confirmar a continuidade da queda, seria necessário perder o suporte de R$ 5,330, o que abriria espaço para teste em R$ 5,300.
Nos Estados Unidos, a ata do Federal Open Market Committee (FOMC) mostrou consenso entre os dirigentes do Federal Reserve sobre riscos crescentes no mercado de trabalho e necessidade de novos cortes de juros, mesmo com inflação acima da meta de 2%. A ferramenta CME FedWatch indica 92,5% de probabilidade de redução de 0,25 ponto na reunião de 29 de outubro.
A paralisação parcial do governo norte-americano completou oito dias sem acordo entre democratas e republicanos. Ao mesmo tempo, a crise política na França manteve o sentimento de cautela nos mercados.
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O real foi beneficiado pela alta do petróleo: o Brent subiu 1,22% em Londres, fechando a US$ 66,25 por barril, contribuindo para a recuperação do Ibovespa futuro.
No cenário doméstico, a Medida Provisória 1.303 – que substituiria o aumento do IOF por uma alíquota única de 18% sobre aplicações financeiras a partir de 1º de janeiro de 2026 e elevaria a CSLL de algumas instituições – foi rejeitada pela Câmara dos Deputados. O placar registrou 251 votos pela retirada e 193 contra. Como a MP perde a validade à meia-noite, não haverá tempo para nova votação, inviabilizando a expectativa de arrecadar R$ 20,9 bilhões em 2026.
Ibovespa futuro e juros futuros devem reagir ao desfecho da MP na sessão desta quinta-feira.