Ibovespa recua na abertura com juros estáveis, tarifas dos EUA e bateria de indicadores

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O Ibovespa iniciou o pregão desta quinta-feira, 31 de julho, em queda, enquanto investidores avaliam a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), a manutenção dos juros norte-americanos e a nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.

Às 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da B3 recuava 0,55%, aos 133.246,97 pontos. No câmbio, o dólar à vista avançava 0,21%, negociado a R$ 5,6013.

No lado corporativo, o dia reserva a divulgação dos balanços de Ambev (ABEV3), Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4), Metalúrgica Gerdau (GOAU4), CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) após o fechamento do mercado.

5 pontos no radar do investidor

1 – Tarifa de 50% dos EUA

O presidente Donald Trump assinou decreto que eleva para 50% as tarifas sobre produtos brasileiros, com vigência a partir de 6 de agosto. A Casa Branca, entretanto, publicou lista com cerca de 700 exceções, incluindo suco de laranja, aeronaves civis, combustíveis, veículos, peças, fertilizantes e produtos energéticos. O texto alega que ações do governo brasileiro ameaçam a segurança nacional dos EUA e cancela vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de seus familiares, excetuando André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux; o procurador-geral Paulo Gonet também foi sancionado.

2 – Juros mantidos no Brasil e nos EUA

O Federal Reserve manteve a taxa de juros e indicou incerteza sobre a decisão de setembro. O presidente Jerome Powell afirmou que já há reflexos das tarifas nos preços de alguns produtos, mas ainda não na atividade econômica. No Brasil, o Copom preservou a Selic em 15% e sinalizou uma pausa prolongada, sem descartar novas altas caso o cenário fiscal ou externo piore.

3 – Inflação norte-americana

O índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos EUA subiu 0,3% em junho e acumulou alta de 2,6% em 12 meses. O núcleo também avançou 0,3% no mês e 2,8% no ano, em linha com as projeções do mercado, que esperava 2,5% na comparação anual.

Imagem: Juliana Caveiro via moneytimes.com.br

4 – Desemprego brasileiro em mínima histórica

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,8% no segundo trimestre, menor nível da série iniciada em 2012, segundo o IBGE. O rendimento médio real atingiu recorde de R$ 3.477. O número de desempregados caiu 17,4% frente ao primeiro trimestre, para 6,253 milhões, enquanto o total de ocupados avançou 1,8%, alcançando 102,3 milhões de pessoas.

5 – Balanço do Bradesco

O Bradesco (BBDC4) registrou lucro recorrente de R$ 6,1 bilhões no segundo trimestre, alta de 29% em base anual e acima da estimativa de R$ 5,9 bilhões do consenso Bloomberg. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) subiu para 14,6%, 3,2 pontos percentuais acima do mesmo período de 2024.

Os desdobramentos desses fatores continuam a orientar o comportamento dos ativos ao longo da sessão.

Com informações de Money Times