Ibovespa supera 147 mil pontos pela primeira vez e registra 16º recorde em 2025

Mercado Financeiro1 minuto atrás6 pontos de vista

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São Paulo, 28 de outubro de 2025 – O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira em 147.429 pontos, alta de 0,31%, e fechou acima da marca dos 147 mil pontos pela primeira vez na história. É o 16º recorde do índice em 2025, que agora mira o patamar de 150 mil pontos, avanço adicional de pouco mais de 1,5%.

Ao longo do dia, o principal indicador da B3 atingiu a máxima de 147.811 pontos. No acumulado da semana, o ganho é de 0,86%; no mês, de 0,82%; e no ano, de 22,57%.

Minério de ferro e corte de juros nos EUA sustentam alta

O movimento positivo foi puxado pela valorização de Vale (VALE3), que subiu 1,04% acompanhando a recuperação do minério de ferro no exterior. O cenário de expectativa por um corte de 0,25 ponto percentual nos juros dos Estados Unidos, decisão aguardada para quarta-feira pelo Federal Reserve, também reforçou o apetite por risco.

Para Marcos Vinícius Oliveira, economista e analista sênior da ZIIN Investimentos, o ambiente global menos adverso favorece a entrada de capital em mercados emergentes. “Cortes de juros nos EUA historicamente beneficiam esses mercados, o que ajuda a explicar a escalada do Ibovespa”, afirma.

Análise técnica aponta espaço para novos topos

Estudo do Itaú BBA indica resistência imediata no topo histórico de 147.600 pontos, nível testado novamente hoje. Caso o índice confirme rompimento consistente, os alvos técnicos podem avançar para 150 mil pontos e, em seguida, 165 mil pontos nas próximas semanas. Do lado da baixa, o suporte relevante está em 144.300 pontos; abaixo disso, haveria espaço para realização de lucros até 142.600 e 141.200 pontos, sem comprometer a tendência positiva de médio prazo.

Desempenho das ações

Além da Vale, siderúrgicas acompanharam o movimento: CSN (CSNA3) avançou 2,02%, Usiminas (USIM5) ganhou 0,92% e Gerdau (GGBR4) subiu 1,15%. O maior destaque do dia ficou com Marfrig (MRBR3), que saltou 16,31% após anunciar reestruturação societária e perspectiva de distribuição extra de dividendos.

Fed e cenário comercial no radar

Investidores aguardam o comunicado do banco central norte-americano, que deve adotar tom mais brando sobre a política monetária. A expectativa é de que o presidente do Fed, Jerome Powell, sinalize possíveis novos cortes ainda este ano, frente ao enfraquecimento do mercado de trabalho nos EUA e à falta de dados provocada pela paralisação parcial do governo.

No front comercial, a proximidade do encontro entre Donald Trump e Xi Jinping, marcado para quinta-feira, elevou esperanças de redução de tarifas e flexibilização em restrições a produtos estratégicos. Segundo o Wall Street Journal, Washington pode diminuir taxas sobre importações chinesas caso Pequim limite exportações de insumos usados na produção de fentanil. Simultaneamente, avanços em tratativas entre Brasil e Estados Unidos reforçam o ambiente favorável aos ativos locais.

Câmbio reflete maior diferencial de juros

Com a taxa Selic a 15% e a perspectiva de redução do juro norte-americano, o diferencial favorece a entrada de capital estrangeiro. O dólar à vista recuou 0,19% nesta terça, cotado a R$ 5,3597. Na semana, a moeda cai 0,60%; no mês, sobe 0,70%; e, no ano, acumula queda de 13,27% frente ao real.

Para Oliveira, o ambiente de menor tensão comercial e a reaproximação diplomática entre Brasil e Estados Unidos aumentam o apetite por risco, beneficiando simultaneamente a Bolsa e o câmbio.

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