Identidade em blockchain pode ajudar RH a filtrar candidaturas geradas por IA, afirma executivo

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O avanço de ferramentas de inteligência artificial (IA) que criam cartas de apresentação, ajustam currículos e até enviam inscrições automaticamente está sobrecarregando departamentos de recursos humanos com aplicações que parecem personalizadas, mas nem sempre comprovam competência ou autenticidade. O alerta é de Ignacio Palomera, cofundador e CEO da plataforma de talentos Bondex.

IA facilita envio de milhares de currículos

Segundo Palomera, soluções de agentic AI permitem que candidatos se inscrevam em milhares de vagas em poucos minutos. O resultado são caixas de entrada repletas de documentos “bem escritos”, porém muitas vezes sem sinais concretos de esforço ou capacidade técnica.

Modelos tradicionais de confiança ficam fragilizados

O executivo lembra que, historicamente, processos seletivos baseiam-se em currículos, referências e diplomas — fatores que já podiam ser inflados. Com a IA, declarações não verificáveis ganham redação impecável, tornando ainda mais difícil diferenciar candidatos qualificados de quem apenas domina prompts.

Identidade descentralizada como solução

Para enfrentar o problema, Palomera defende o uso de sistemas de identidade descentralizada (DID). A tecnologia comprova que o usuário é humano, mas, segundo ele, precisa avançar para registrar “o que a pessoa realmente fez”.

Reputação verificável e currículo programável

Nesse modelo, experiências profissionais e credenciais tornam-se ativos programáveis armazenados em blockchain. Recursos como zero-knowledge proofs permitiriam confirmar habilidades sem revelar todos os detalhes ao recrutador, dando ao candidato controle sobre quais informações compartilhar.

Identidade em blockchain pode ajudar RH a filtrar candidaturas geradas por IA, afirma executivo - Trader Iniciante 2 (10)

Imagem: Trader Iniciante 2 (10)

Aplicações em contratações e além

Com histórico de trabalho, contribuições de código ou cursos concluídos registrados on-chain, filtros de contratação, concessão de bolsas e até vendas de tokens poderiam usar credenciais verificáveis para validar participação e conformidade. “Não dá para falsificar um pull request aceito em um repositório ou a conclusão de um curso atrelado a um NFT”, aponta o CEO.

Recuperar a confiança na era da IA

Para Palomera, candidaturas geradas por IA são sintoma de uma crise de confiança que já existia. Ao substituir relatos pessoais por dados comprováveis, identidades baseadas em blockchain ofereceriam um novo alicerce para decisões de contratação em um mercado cada vez mais digital e global.

O artigo reflete a opinião de Ignacio Palomera e foi publicado originalmente como coluna de opinião.

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