Indústria cinematográfica dos EUA diverge sobre tarifa de 100% anunciada por Trump para filmes produzidos no exterior

Dificuldades e desafios39 minutos atrás7 pontos de vista

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Washington, 2 de abril de 2025 – O ex-presidente Donald Trump declarou que pretende estabelecer uma tarifa de 100% sobre todos os filmes realizados fora dos Estados Unidos, medida que, segundo ele, visa recuperar empregos perdidos para concorrentes internacionais.

Proposta reaparece

É a segunda vez que Trump ameaça sobretaxar produções estrangeiras. Em publicação na rede Truth Social, ele afirmou que a atividade cinematográfica norte-americana “foi roubada” por outros países e citou a Califórnia como um dos estados mais afetados.

Reação no “Hollywood do Sul”

A iniciativa ganhou destaque em Fayette County, na Geórgia, onde fica o Trilith Studios – apelidado de “Hollywood do Sul” – cenário de grandes produções como “Spider-Man: No Way Home” e “Captain America: Brave New World”.

A Marvel, que ao longo de mais de uma década realizou quase duas dezenas de filmes e séries em Atlanta graças a incentivos fiscais locais, anunciou recentemente que transferirá a maior parte de seus projetos para o Reino Unido. A mudança começa neste verão boreal com “The Fantastic Four: First Steps”.

Expectativa de apoio

Para Eddie Matthews, presidente da Hollywood South Films, a tarifa poderia convencer estúdios a permanecerem no país. “Se custar caro voltar com o produto estrangeiro, eles vão buscar onde há melhores incentivos internos, e esperamos que seja Atlanta”, declarou.

Ele observa que produções têm migrado especialmente para o Canadá, que recebe “centenas de filmes por ano”.

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Imagem: Caroline Elliott FOXBusiness via foxbusiness.com

Críticas e possíveis efeitos

Randy Davidson, presidente da Georgia Entertainment, argumenta que a medida seria difícil de aplicar porque filmes são obras com múltiplos proprietários e locações em vários países. Ele alerta para a possibilidade de aumento de preços em cinemas e serviços de streaming, estimando tíquetes de até US$ 40 para longas rodados fora do território norte-americano.

Davidson defende um incentivo fiscal federal, proposta que, segundo ele, já é discutida no Congresso com apoio de executivos de plataformas como Netflix e Warner Bros.

Queda na participação dos EUA

Dados da Organização Mundial da Propriedade Intelectual indicam que, em 2023, os Estados Unidos responderam por 5,32% da produção mundial de filmes, contra 9,53% no ano anterior.

Próximos passos

Por enquanto, a tarifa permanece apenas como proposta. A Casa Branca não informou quando – ou se – a medida entrará em vigor e não respondeu a pedidos de comentário.

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