Influência política é apontada como causa comum da crise em nove estatais federais

Mercado Financeiro7 minutos atrás6 pontos de vista

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Brasília – Nove empresas controladas pela União atravessam dificuldades financeiras e compartilham um elemento-chave: a presença de indicações políticas em cargos estratégicos. A avaliação foi feita pelas jornalistas Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli durante a C-Level Call, debate semanal sobre economia e política realizado nesta semana.

Adriana lembrou que, embora a Lei das Estatais tenha endurecido critérios para nomeações, o histórico de interferência partidária ainda impacta a gestão. O Tribunal de Contas da União abriu uma força-tarefa para apurar a situação, motivado principalmente pela crise dos Correios. Outras companhias citadas como problemáticas foram a Casa da Moeda e as companhias docas.

Segundo Idiana, o futuro dos Correios divide opiniões entre defensores da privatização e quem argumenta pela manutenção do controle estatal para garantir a universalização do serviço. Hoje, 85% das agências operam no vermelho, mas a empresa é considerada essencial no transporte de provas do Enem e de urnas eletrônicas, atividades que exigem presença estatal e cuidados de segurança.

Regulamentação de criptoativos

O programa também abordou as novas regras do Banco Central para prestadores de serviços de ativos virtuais. A partir de agora, instituições interessadas em atuar no setor deverão solicitar autorização antes de iniciar operações. O capital mínimo exigido varia de R$ 10,8 milhões a R$ 37 milhões, conforme o conjunto de serviços oferecidos.

Para Adriana, a exigência tende a aumentar a transparência e a reduzir o uso de criptoativos em lavagem de dinheiro. Ela destacou, entretanto, que a medida pode abrir caminho para a Receita Federal cobrar IOF sobre stablecoins, moedas vinculadas a ativos como o dólar.

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Imagem: redir.folha.com.br

Idiana ressaltou que os órgãos de supervisão nem sempre acompanham a velocidade das inovações financeiras. “O mercado de criptoativos cresce há anos e só agora passa a exigir credenciamento junto ao Banco Central”, observou.

Projeto de lei antifacção

O encontro ainda tratou do projeto de lei antifacção relatado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP), que pode redefinir a atuação da Receita Federal no combate ao crime organizado. Adriana lembrou que o órgão vem fortalecendo sua área de inteligência, em cooperação com instâncias estaduais e federais, mas enfrenta disputas políticas sobre seu papel nas investigações.

A discussão permanece em aberto enquanto o texto do projeto passa por ajustes no Congresso.

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