Uma simulação elaborada por Leonardo Andreoli, da Hike Capital, mostra que um aporte de R$ 10 mil em ações da Magazine Luiza (MGLU3) realizado em 15 de setembro de 2015 teria se multiplicado em 1.443,8%, alcançando R$ 154.375,00 até esta terça-feira (16).
O estudo, encomendado pelo InfoMoney, compara diferentes momentos de entrada no papel e considera o preço de negociação atual de R$ 10,40. Segundo Andreoli, a performance varia conforme o horizonte de investimento e a decisão de reinvestir ou não os dividendos.
• Compra em 02/05/2011: patrimônio de R$ 21.192,60, alta de 111,9%.
• Compra em 15/09/2015: patrimônio de R$ 154.375,00, avanço de 1.443,8%.
• Compra em 15/09/2020: valor reduzido a R$ 444,60, perda de 95,6%.
• Compra em 15/09/2024: montante de R$ 8.516,56, recuo de 14,8%.
Imagem: infomoney.com.br
Quando os proventos são reaplicados, a janela de dez anos amplia o retorno para 3.446,6%, elevando o capital para R$ 354.659,04. Desde a estreia na B3, em maio de 2011, o ganho sobe para 212,7%, totalizando R$ 31.270,20.
Já nos intervalos de cinco anos (15/09/2020) e um ano (15/09/2024), mesmo com reinvestimento, o resultado continua negativo, com perdas de 95,4% e 12,3%, respectivamente.
Após forte desvalorização desde o pico de 2020, os papéis da varejista recuperaram 56% no último mês e acumulam 60% de alta em 2025. Analistas atribuem o fôlego à digitalização do negócio, à geração de caixa e à redução do endividamento. Ainda assim, instituições como o Morgan Stanley mantêm recomendação de venda, citando pressões sobre margem EBITDA e fluxo de lucro líquido.
Para Andreoli, a tendência de queda nos juros em 2026 e a possível retomada do consumo podem favorecer a ação, mas o momento de entrada continua decisivo diante da concorrência acirrada e da elevada volatilidade.