Investimento em Petrobras (PETR4) desde 2015 teria rendido 1.487% em dez anos

Um levantamento realizado por Norberto Sangalli, assessor da Nippur Finance, aponta que um aporte feito no início de dezembro de 2015 em ações preferenciais da Petrobras (PETR4) teria alcançado valorização de 1.487% ao longo de dez anos, até dezembro de 2025.

Quanto o capital teria rendido

Com a rentabilidade apurada, os valores investidos teriam chegado aos seguintes patamares:

• R$ 10.000 teriam virado R$ 158.700;
• R$ 20.000 teriam subido para R$ 317.400;
• R$ 30.000 alcançariam R$ 476.100.

Sangalli destaca que o desempenho reforça a importância de manter horizonte de longo prazo em renda variável. Segundo ele, quem atravessou ciclos políticos, oscilações do petróleo e mudanças na estratégia da estatal foi recompensado pelo “filtro poderoso” do tempo.

Desempenho no curto prazo

No recorte dos últimos 12 meses, o cenário foi diferente. As ações registraram queda aproximada de 5,5%, considerando variação do papel e proventos distribuídos, sem descontar impostos ou custos operacionais. Nesse período, o resultado seria:

• R$ 10.000 passariam para R$ 9.450;
• R$ 20.000 cairiam para R$ 18.900;
• R$ 30.000 recuariam a R$ 28.350.

O assessor lembra que retornos negativos em janelas curtas são comuns e que a inflação agrava a perda de poder de compra. O IPCA acumulado em 2024 ficou em 4,83%, e as projeções para 2025 giram em torno de 5%.

Imagem: infomoney.com.br

Fatores que influenciam PETR4

A Petrobras segue entre as maiores empresas da Bolsa brasileira, com atuação em exploração, produção e refino. Mesmo assim, suas ações sofrem influência direta de variáveis como:

• preço internacional do petróleo;
• câmbio;
• decisões regulatórias;
• mudanças no plano de investimentos;
• política de dividendos.

De acordo com Sangalli, o perfil de PETR4 é mais voltado à geração de caixa e distribuição de dividendos do que a crescimento acelerado, exigindo análise cuidadosa do horizonte de cada investidor.

Liquidez e interesse de mercado

Apesar de um ano considerado desafiador, a estatal permanece entre os papéis mais procurados por investidores de médio e longo prazo, sustentada por elevada liquidez e capacidade de atravessar diferentes ciclos.