O iPhone Air começou a ser vendido no Brasil em setembro por R$ 10.499, apresentando a menor espessura já vista em um celular da Apple: 5,6 milímetros, equivalente a duas moedas de R$ 0,50 empilhadas. O número representa 30% (2,3 mm) a menos que o iPhone 17 tradicional e 3,5% (0,2 mm) a menos que o recém-lançado Samsung Galaxy S25 Edge.
Com a chegada do novo modelo, a antiga versão Plus, de tela maior, foi descontinuada. A empresa tenta posicionar o Air como opção intermediária, combinando desempenho elevado com um corpo mais fino, ainda que algumas concessões tenham sido necessárias.
Diferentemente do alumínio empregado nos demais aparelhos da linha, o Air utiliza titânio. Em um teste de durabilidade do canal JerryRigEverything, no YouTube, a tela só trincou após receber quase 100 kg de pressão no centro, permanecendo funcional — resultado que busca evitar o “bendgate” vivido pelo iPhone 6 em 2014.
O dispositivo traz uma versão menos potente do chip A19 Pro, o mesmo que equipa os iPhones Pro e Pro Max. A ausência de um sistema de resfriamento avançado, no entanto, pode levar ao thermal throttling em tarefas intensas. Para atividades cotidianas, o desempenho não apresentou problemas, embora o aquecimento seja perceptível em uso prolongado.
Pela primeira vez em um modelo comercializado no Brasil, a Apple eliminou a bandeja física de chip. O iPhone Air funciona exclusivamente com eSIM, recurso que, segundo a empresa, aumenta a segurança e libera espaço interno, possibilitando leve ganho na capacidade da bateria.
Nos testes práticos, a autonomia superou um dia de uso moderado. Dados oficiais indicam até 27 horas de reprodução de vídeo, mesma marca do iPhone 16 Pro Max. O Air perde, porém, para o iPhone 17 (30 h) e para o 17 Pro Max (37 h).
Imagem: redir.folha.com.br
O conjunto fotográfico mantém boa qualidade geral e traz melhorias no sensor frontal, mas carece de versatilidade frente às versões Pro por não incluir lente teleobjetiva. O zoom óptico atinge apenas 2x, diante dos 8x do iPhone 17 Pro.
A leveza e o conforto ao segurar sem capa foram destacados nos testes, e a bateria não se mostrou um entrave. Por outro lado, para quem prioriza fotografia, longa autonomia ou desempenho máximo, os modelos Pro continuam superiores. Usuários em busca do essencial podem encontrar melhor custo-benefício no iPhone 17 padrão.
Com foco no design ultrafino, o iPhone Air sinaliza a aposta da Apple em aparelhos cada vez mais leves, ainda que o nome herdado do MacBook Air aguarde uma justificativa mais sólida dentro do portfólio da marca.