JP Morgan aponta risco de liquidação de ações após corte de juros previsto pelo Fed

Mercado Financeiro3 dias atrás10 pontos de vista

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Nova York – Analistas do J.P. Morgan Chase & Co. afirmam que a reunião de 17 de setembro do Federal Reserve (Fed) pode desencadear uma onda de vendas nas bolsas, mesmo com a expectativa generalizada de redução de 0,25 ponto percentual na taxa básica dos Estados Unidos.

Em relatório assinado por Andrew Tyler e equipe, o banco ressalta que o corte já está embutido nos preços atuais dos ativos. Por isso, investidores poderiam aproveitar a confirmação da decisão para realizar lucros em papéis que subiram nos últimos meses à espera de juros mais baixos.

O grupo avalia que nem um eventual avanço mais forte do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) — a ser divulgado na quinta-feira anterior à reunião — deve impedir o Fed de iniciar o ciclo de afrouxamento monetário.

Fatores que podem pressionar o mercado

Segundo o J.P. Morgan, após o anúncio do Fed, gestores tendem a reavaliar:

  • dados macroeconômicos que vierem a público;
  • a forma como o banco central norte-americano reage a novas informações;
  • o nível de alavancagem e posicionamento já elevado de parte dos investidores;
  • a redução no volume de recompras de ações por empresas;
  • a participação menor do investidor pessoa física.

Projeção para ações

O banco mantém recomendação de alta tática para ações, mas com menor convicção. A instituição vê suporte adicional se o interesse em Inteligência Artificial continuar impulsionando as chamadas “Sete Magníficas” — Apple, Microsoft, Alphabet, Amazon, Nvidia, Meta, Tesla — e também a Broadcom.

Pontos de atenção

Embora siga otimista no curto prazo, o J.P. Morgan destaca riscos ligados a inflação, mercado de trabalho e comércio exterior. A análise aponta que companhias públicas e privadas sinalizam novos repasses de custos associados a tarifas, ainda sem definição clara sobre intensidade ou duração.

O banco também monitora possíveis tensões comerciais com China ou União Europeia. “Se o movimento de firmar acordos regionais e aprofundar laços com Pequim prosseguir, outros países podem buscar renegociações ou retaliações”, observa o relatório.

Por ora, a instituição vê o corte de setembro como provável, mas alerta que a reação do mercado pode ser menos favorável do que muitos investidores esperam.

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