São Paulo, 9 de setembro de 2025 – O JP Morgan revisou a cobertura do setor de construção civil no Brasil. O banco elevou a recomendação da Eztec (EZTC3) para outperform (equivalente a compra) e reduziu as indicações de Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3) de overweight para neutro.
Por volta das 14h (horário de Brasília), as ações refletiam o novo posicionamento: EZTC3 avançava 6,08%, a R$ 16,22, enquanto CURY3 caía 3,73% e DIRR3 recuava 2,90%, figurando entre as maiores baixas do Ibovespa.
Segundo o relatório, a elevação da Eztec baseia-se em:
Para Cury, o JP Morgan aponta avaliação relativa menos atrativa e menor potencial de valorização, apesar da “execução impecável” e do retorno sobre patrimônio líquido mais alto do setor. O banco também prevê dividend yield de 8% em 2026, mas acredita que investidores buscarão companhias com múltiplos preço/lucro mais baixos durante o ciclo de afrouxamento monetário.
No caso da Direcional, o corte para neutro decorre da preferência relativa entre os pares. A instituição avalia que parte dos resultados fortes — como a margem bruta recorde de 41,7% no segundo trimestre — já está refletida na cotação e vê espaço limitado para expansão de margens ou pagamento de dividendos em 2026.
Imagem: Giovana Leal via moneytimes.com.br
Os analistas recomendam aumentar a exposição a ativos mais voláteis diante de “ventos favoráveis” no macro: ciclo eleitoral em 2026 e início de corte de juros a partir de dezembro, totalizando 4,25 pontos percentuais até o fim de 2026.
A ordem de preferência do JP Morgan entre as construtoras é:
De acordo com o banco, Tenda, Cyrela e Eztec são negociadas a, ou abaixo de, seis vezes o múltiplo preço/lucro estimado para 2026, característica que sustenta a preferência por esses nomes.