Juiz mantém Chrome e Android sob Google, mas obriga empresa a dividir dados de busca com rivais

Dificuldades e desafiosontem8 pontos de vista

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O juiz federal Amit Mehta determinou na terça-feira (2) que o Google poderá continuar a operar o navegador Chrome e o sistema operacional Android sem separação, mas terá de compartilhar dados essenciais de buscas e publicidade com concorrentes. A decisão, que faz parte do maior processo antitruste do setor de tecnologia nos Estados Unidos desde o caso Microsoft nos anos 1990, impulsionou as ações da Alphabet em mais de 7%.

Impacto para Apple

O veredicto preserva o acordo que mantém o Google como mecanismo de pesquisa padrão em iPhones, assegurando à Apple uma receita anual estimada em US$ 20 bilhões, segundo analistas do Morgan Stanley. Após o anúncio, os papéis da Apple subiram cerca de 3%.

Consequências para rivais de busca

A manutenção do Google como padrão no iOS mantém motores de busca alternativos, como DuckDuckGo e Bing, em desvantagem. Startups de pesquisa focadas em privacidade perdem visibilidade, reduzindo as opções para usuários que buscam modelos de proteção de dados diferentes.

Remédios definidos pelo tribunal

Embora tenha concluído em 2023 que o Google detém monopólio ilegal em buscas e publicidade digital, Mehta optou por intervenções moderadas. O magistrado ordenou que a empresa disponibilize a rivais informações cruciais de suas operações, o que pode beneficiar novas iniciativas de inteligência artificial, incluindo competidores como o ChatGPT, da OpenAI.

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Imagem: Christina Shaw FOXBusiness via foxbusiness.com

Próximos passos

O Google pretende recorrer, processo que pode levar anos até chegar à Suprema Corte. O professor William Kovacic, diretor do centro de direito da concorrência da Universidade George Washington, avalia que as medidas escolhidas pelo juiz têm boas chances de serem confirmadas pela instância máxima.

Outras frentes regulatórias

Além do processo de buscas, a empresa enfrenta a obrigação de reformular a Google Play Store após ação movida pela Epic Games, criadora de “Fortnite”, e responde a um caso separado do Departamento de Justiça sobre domínio em tecnologia de anúncios.

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