O procurador-geral de Kentucky, Russell Coleman, ingressou na segunda-feira (data local) com uma ação civil no Tribunal de Circuito do estado contra a plataforma de jogos Roblox. A acusação central é de que o ambiente virtual carece de barreiras eficazes para proteger crianças de predadores, violência e conteúdo sexual.
• Os advogados do estado alegam que o processo de cadastro permite que qualquer usuário crie conta informando apenas data de nascimento, nome de usuário e senha, sem verificação de idade ou consentimento parental obrigatório.
• O documento menciona a aparição recente de “simuladores de assassinato” envolvendo o ativista conservador Charlie Kirk, jogos que ficaram temporariamente disponíveis a menores antes de serem removidos pela empresa.
• Kentucky sustenta que a companhia tinha conhecimento dos riscos, mas não os comunicou de forma adequada a autoridades e consumidores, violando normas de proteção ao consumidor.
A petição recorda episódios apresentados em outras ações judiciais:
• Em abril, um homem de 27 anos na Califórnia foi acusado de sequestrar uma menina de 10 anos que conheceu na plataforma.
• Em agosto, uma mãe da Geórgia afirmou que o filho de nove anos foi explorado sexualmente por meio de chantagem dentro do jogo.
• Neste mês, uma mulher de Nova Jersey relatou que a filha, então com 11 anos, trocou mensagens e imagens explícitas com usuários após conversas iniciadas em Roblox e migradas para o Discord.
Segundo a ação, Roblox possui cerca de 85 milhões de usuários ativos diários. No relatório anual mais recente, a empresa informou que mais de metade de seus participantes tem menos de 17 anos e 20% têm menos de 10 anos. Em 2024, a receita anual alcançou US$ 3,6 bilhões, impulsionada principalmente pela venda da moeda virtual Robux.
Imagem: Ashley Oliver FOXBusiness via foxbusiness.com
Em nota, Coleman descreveu o site como “um cenário de pesadelo” para famílias, ao aparentar segurança “cartunesca” enquanto, na prática, “abre as portas de casa para predadores”. Ele afirmou que o estado utilizará “toda a força da lei” para responsabilizar a empresa.
Roblox foi procurada para comentar as alegações, mas não havia se manifestado até o fechamento desta edição.