Kinea mantém foco em crescimento orgânico e projeta valorização dos FIIs com queda dos juros

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Após um ciclo de alta nas taxas de juros que reduziu o apetite por fundos imobiliários (FIIs), a Kinea acredita que o cenário pode mudar ainda neste ano. Para Carlos Martins, gestor de fundos de tijolo da casa, o movimento de corte da Selic “já está contratado” e pode começar no fim de 2024 ou no primeiro trimestre de 2026, abrindo espaço para a valorização das cotas.

Queda dos juros no radar

“Vemos isso como uma oportunidade de investimento”, afirmou Martins, em entrevista. Segundo ele, a redução do custo do dinheiro tende a impulsionar o preço dos FIIs, reforçando o potencial de ganho de capital para os cotistas.

Crescimento orgânico, sem aquisições

Enquanto gestoras como o Patria avançam em aquisições – caso da compra da operação de FIIs da Genial Investimentos – a Kinea descarta essa estratégia. Martins disse que, apesar de reconhecer os méritos de casas adquiridas recentemente, os custos de integração pesaram na decisão de manter o crescimento orgânico.

“Asset management é um negócio de escala. Já temos tamanho suficiente; pagar prêmio para comprar fundo agrega pouco valor”, comentou o gestor. “Não devemos ser um player comprador de terceiros.”

Reciclagem de ativos

Com um portfólio considerado robusto, a Kinea estuda vender participações em imóveis menores e menos estratégicos. O objetivo é destravar valor, distribuir lucros aos investidores e reinvestir em projetos mais alinhados com o atual momento de mercado.

A empresa tem priorizado veículos voltados a ganho de capital, principalmente em empreendimentos residenciais e logísticos, segmentos que ainda oferecem boas condições de entrada, segundo Martins.

Estruturas de troca de cotas sob análise

Modelos que envolvem permuta de cotas, testados por outros fundos, são monitorados pela gestora, mas nenhuma operação foi considerada viável até agora. “Estamos observando e avaliando potenciais operações”, disse.

Kinea mantém foco em crescimento orgânico e projeta valorização dos FIIs com queda dos juros - Imagem do artigo original

Imagem: infomoney.com.br

Impacto limitado de tarifas e incentivos fiscais

Sobre o aumento recente das tarifas de importação, Martins avaliou que os efeitos sobre o setor imobiliário devem ser restritos. Para ele, a principal variável continua sendo o rumo da taxa de juros.

A gestora também acompanha a transição de isenções fiscais em municípios como Extrema (MG). A expectativa é que empresas migrem para áreas com logística mais favorável e proximidade dos grandes centros, como Jundiaí, Cajamar e Guarulhos, na Grande São Paulo. A Kinea, ressaltou o gestor, evitou concentrar investimentos em regiões dependentes de benefícios para reduzir o risco regulatório.

Com a estratégia centrada em ativos resilientes e na expectativa de corte da Selic, a Kinea pretende ampliar seus fundos já existentes, mantendo a aposta em valorização de longo prazo para os cotistas.

Com informações de InfoMoney

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