A Williams Companies obteve nesta segunda-feira as autorizações de qualidade da água necessárias para avançar com o projeto Northeast Supply Enhancement (NESE) Pipeline, avaliado em US$ 1 bilhão.
Após três negativas anteriores, os departamentos ambientais de Nova York e Nova Jersey concederam as licenças que permitem a instalação de um trecho subaquático destinado a ampliar o fornecimento de gás natural da Pensilvânia para a região da cidade de Nova York. A capacidade adicional anunciada é suficiente para atender mais de 2 milhões de residências.
Durante entrevista ao programa “The Claman Countdown”, da FOX Business, o diretor-executivo da companhia, Chad Zamarin, creditou o avanço às equipes que insistiram na proposta. Segundo ele, o gás natural produzido nos Estados Unidos pode equivaler a um custo de US$ 0,50 por galão de gasolina, fator que considera essencial para a “acessibilidade e confiabilidade” energética do país.
Zamarin afirmou ainda que o gás natural tem sido um dos principais vetores de redução de emissões nos últimos dez anos, respondendo por mais de 60% da queda registrada nacionalmente ao substituir combustíveis de maior impacto ambiental. No caso de Nova York, destacou que o uso de óleo combustível ainda é comum e encarece o abastecimento: em períodos de inverno, o preço local do gás pode chegar a 30 vezes a média nacional, apesar de o combustível ser produzido a um estado de distância.
O projeto enfrenta críticas, entre elas as do prefeito eleito de Nova York, Zohran Mamdani, mas o executivo sustenta que a infraestrutura é necessária para garantir energia “confiável, acessível e limpa”.
Imagem: Maria Lencki FOXBusiness via foxbusiness.com
Durante a entrevista, Zamarin mencionou também outro empreendimento da empresa, o Constitution Pipeline, que pretende levar gás mais barato aos estados da Nova Inglaterra. Estudo da S&P Global divulgado na semana passada estima que o projeto poderia reduzir em US$ 11,5 bilhões os custos para consumidores da região ao longo de sua vida útil.
Para o CEO, o debate sobre novos gasodutos deve se concentrar em “acessibilidade e confiabilidade”. “Precisamos continuar explicando a importância do gás natural a consumidores e autoridades para garantir energia a preços justos”, afirmou.