Morgan Housel defende poupar como pessimista e investir como otimista na Expert XP

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Morgan Housel, autor do best-seller “A Psicologia Financeira” e colunista especializado em investimentos, encerrou o último dia da Expert XP, neste sábado (26), em São Paulo, com um recado direto ao público: o comportamento conta mais que a genialidade para alcançar bons resultados financeiros.

Postura dupla: pessimismo para poupar, otimismo para investir

“Eu poupo como um pessimista e invisto como um otimista”, declarou Housel. Segundo ele, a poupança precisa considerar que “o mundo é frágil, perigoso e coisas ruins vão acontecer”, ao passo que os investimentos devem refletir a confiança de que, resistindo aos momentos difíceis, “os retornos para quem permanece no jogo podem ser extraordinários”.

Poupança como compra de independência

Para o escritor, muitas pessoas — especialmente as mais instruídas — subestimam a importância de poupar por julgarem o assunto simples. Ele argumenta que, em um cenário de incertezas como pandemias, guerras e crises, reservar recursos é fundamental. “Não vejo como adiar recompensa. Vejo como comprar independência. Quando poupo, sinto-me mais preparado, no controle e tranquilo”, afirmou.

Persistência supera genialidade

Housel alertou que a maioria dos investidores se declara de longo prazo, mas não tolera a volatilidade imediata. “Você investe pensando nos próximos 20 anos, mas esses 20 anos incluem vários anos difíceis”, disse, lembrando o pânico de 2020, quando carteiras despencaram 50% na pandemia. Para ele, a chave é aceitar o desconforto e manter constância: “Se você for apenas mediano por muito tempo, vai se sair extraordinariamente bem”.

Dívida limita a resiliência

O colunista também ressaltou o perigo do endividamento. “Cada pedaço de dívida estreita o número de eventos que você pode suportar”, explicou, acrescentando que avalia débitos não pelo custo financeiro, mas pelo risco de tirar o investidor do jogo. Ele lembrou a trajetória de Rick Guerin, ex-sócio de Warren Buffett e Charlie Munger, que perdeu tudo ao operar alavancado por “ter pressa para ficar rico”.

Influência do noticiário

Na avaliação de Housel, o pessimismo vende mais do que o otimismo na mídia. “O medo chama atenção”, disse. Ele argumentou que as más notícias são rápidas e dramáticas, enquanto as boas surgem devagar e não viram manchete, o que pode distorcer a percepção dos investidores sobre a realidade.

O custo das grandes fortunas

O escritor finalizou lembrando que muitas figuras bilionárias pagaram alto preço pessoal pelo sucesso. Ao citar Elon Musk, Bill Gates, Mark Zuckerberg e Warren Buffett, reforçou que admira suas realizações, mas não trocaria de vida com eles.

Com informações de InfoMoney

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