Jacksonville (EUA), 2024 – A Lowe’s, em parceria com a Lowe’s Foundation e a entidade Hiring Our Heroes, inaugurou a Skilled Trades Academy, programa de seis semanas voltado à formação de militares em transição, veteranos e seus cônjuges em profissões técnicas de alta demanda.
Com investimento inicial de US$ 500 mil da varejista e de sua fundação, a iniciativa busca enfrentar dois desafios nacionais: a escassez de mão de obra qualificada em ofícios e o elevado índice de desemprego entre famílias de militares. Segundo o Departamento do Trabalho, a taxa de desemprego de veteranos chegou a 3,7% em junho de 2025, ante 2,9% no ano anterior. Entre cônjuges de militares, o desemprego permanece em torno de 21%.
A academia oferece treinamento presencial em áreas como HVAC (climatização), encanamento, eletricidade, carpintaria e construção civil. O currículo inclui certificação de 30 horas em segurança ocupacional (OSHA), preparação de currículo, simulações de entrevista e networking com empregadores locais. A primeira turma é realizada em Jacksonville, Carolina do Norte, com expansão prevista para outros pontos do país em parceria com escolas técnicas, sindicatos e empresas regionais.
A iniciativa é reconhecida pelo Departamento de Defesa como oportunidade SkillBridge, autorizando militares nos últimos 180 dias de serviço ativo a participarem do curso sem custo. Veteranos já desvinculados e cônjuges podem ingressar em qualquer turma, também gratuitamente.
Imagem: Daniella Genovese FOXBusiness via foxbusiness.com
Dados da Associated Builders and Contractors (ABC) indicam que o setor de construção precisará atrair 439 mil novos trabalhadores em 2025 e 499 mil em 2026 para atender à demanda projetada. A Lowe’s Foundation calcula que a carência de profissionais qualificados provoca uma perda anual de US$ 10 bilhões para a indústria da habitação. Nos últimos dois anos, a fundação destinou US$ 43 milhões a 60 organizações que desenvolvem soluções de capacitação em larga escala.
Para a diretora da Lowe’s Foundation, Betsy Conway, mudar a percepção sobre carreiras técnicas e preparar a próxima geração de trabalhadores são passos essenciais para reduzir o déficit de mão de obra e ampliar oportunidades para quem deixa as Forças Armadas.