A Microsoft registrou lucro líquido de US$ 27,2 bilhões no trimestre encerrado em 30 de junho, alta de 24% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado superou a projeção média de analistas, que apontava ganho de US$ 25,3 bilhões.
A receita total somou US$ 76,4 bilhões, crescimento de 18% na comparação anual e acima da estimativa de US$ 73,9 bilhões compilada pela Visible Alpha.
Pela primeira vez, a companhia detalhou o desempenho do Azure, seu serviço de computação em nuvem. A divisão faturou US$ 75 bilhões no ano fiscal encerrado em junho, salto de 34% frente ao exercício anterior. No quarto trimestre fiscal, a receita consolidada de serviços de nuvem atingiu US$ 46,7 bilhões, contra US$ 36,9 bilhões um ano antes.
Satya Nadella, no comando da empresa há 12 anos, vem direcionando investimentos para data centers e inteligência artificial. A aposta iniciada em 2019 na OpenAI garantiu acesso exclusivo aos modelos da startup e consolidou a Microsoft como fornecedora de infraestrutura para a parceira.
Após a divulgação dos resultados, as ações subiram cerca de 8% no after-market. Caso o movimento se mantenha, o valor de mercado da companhia passará de US$ 3,8 trilhões para aproximadamente US$ 4,1 trilhões, atrás apenas da Nvidia.
Os gastos de capital somaram US$ 24,2 bilhões no trimestre, avanço de 27% ante o mesmo intervalo do ano passado. Nos últimos 12 meses, o desembolso chegou a US$ 88,2 bilhões, acima da previsão anterior de US$ 80 bilhões, e a companhia sinalizou novas ampliações no próximo ano fiscal.
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A rival Alphabet também reforçou o orçamento, anunciando na semana passada que elevará em US$ 10 bilhões os investimentos em IA, totalizando US$ 85 bilhões em 2024, depois de registrar crescimento de quase um terço na receita de nuvem.
Para Dan Ives, analista da Wedbush, o avanço do Azure “ficou bem acima das expectativas do mercado” e mostra a força da contribuição da inteligência artificial para os resultados da Microsoft.
Com informações de Folha de S.Paulo