O Bradesco (BBDC4) registrou lucro líquido recorrente de R$ 6,1 bilhões no segundo trimestre de 2025, alta de 28,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O ganho corresponde a R$ 0,57 por ação, levando o lucro por ação dos últimos 12 meses a R$ 1,96, valor dentro do intervalo projetado por analistas consultados pelo Valor Data (R$ 1,85 a R$ 2,41), cuja mediana era de R$ 2,13.
Em comunicado, o presidente do banco, Marcelo Noronha, afirmou que a economia mostrou desaceleração mais clara no segundo trimestre e que a instituição seguirá cautelosa para preservar a qualidade das novas carteiras de crédito. “Apesar de ultrapassar R$ 6 bilhões em lucro, ainda estamos longe de onde queremos chegar”, disse o executivo, destacando que o plano de aumentar a competitividade permanece no curto e no longo prazo.
A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio trimestral (ROAE) avançou para 14,6%, ante 11,4% no segundo trimestre de 2024. Já a margem financeira bruta somou R$ 18 bilhões, incremento de 15,8% em 12 meses.
As despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) totalizaram R$ 8,1 bilhões, crescimento anual de 11,7%. A taxa de inadimplência na carteira de crédito encerrou junho em 4,1%, abaixo dos 4,3% de um ano antes.
No segmento de pessoa física, a inadimplência ficou em 5,1% (ante 5,2% em junho de 2024). Para grandes empresas, o índice passou de 0,2% para 0,4%. Já em micro, pequenas e médias empresas (MPME), caiu de 5,4% para 4,3% em 12 meses.
O saldo da carteira de crédito expandida alcançou R$ 1 trilhão no fim de junho, alta de 1,3% em relação ao primeiro trimestre e de 11,7% na comparação anual. Desse montante, a carteira de empresas somou R$ 576 bilhões, crescimento de 8,6% em 12 meses.
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No período, destacaram-se as seguintes linhas: repasses BNDES/Finame, com elevação de 1,5% (R$ 20,6 bilhões); crédito rural, com avanço de 14,0% (R$ 43,3 bilhões); e títulos e valores mobiliários, com alta de 4,5% (R$ 31,4 bilhões).
Entre pessoas físicas, a carteira subiu 15,9% no ano, para R$ 442,4 bilhões, impulsionada por crédito consignado (R$ 99,4 bilhões), financiamento pessoal (R$ 71,8 bilhões) e cartão de crédito (R$ 76,3 bilhões).
Segundo o Bradesco, a inadimplência manteve estabilidade na maioria dos segmentos no trimestre, evidenciando crescimento sustentável da carteira, com melhora de 1,1 ponto percentual em MPME e controle dos calotes entre pessoas físicas.
Com informações de Valor Investe