São Paulo, 31 de julho de 2025 – Os papéis da TIM Brasil (TIMS3) figuram entre as maiores altas do Ibovespa nesta quinta-feira, depois de a companhia divulgar resultados considerados sólidos para o segundo trimestre de 2025.
Por volta das 13h (horário de Brasília), as ações subiam 2,40%, cotadas a R$ 20,48, terceira maior valorização do principal índice da B3. O movimento ocorre em meio a um pregão marcado pela cautela após o Banco Central manter a Selic em 15% e pela isenção de tarifas de importação dos Estados Unidos para cerca de 700 produtos brasileiros.
Entre abril e junho, a operadora controlada pela Telecom Italia registrou lucro líquido normalizado de R$ 976 milhões, incremento de 25% em relação ao mesmo intervalo de 2024.
O Ebitda normalizado avançou 6,3% na comparação anual, atingindo R$ 3,35 bilhões, praticamente em linha com a projeção média de R$ 3,36 bilhões compilada pela LSEG.
A receita líquida totalizou R$ 6,6 bilhões, alta de 4,7% ano a ano. Na divisão por serviços, a receita móvel cresceu 5,6%, enquanto a receita de serviços fixos recuou 2,8%.
Para a XP, o desempenho confirma a execução consistente da TIM, sustentada pelo crescimento do pós-pago e pela disciplina de custos. O Itaú BBA destacou que o lucro líquido ficou 13% acima das estimativas, beneficiado por ganho de R$ 73 milhões na linha de receita financeira relacionado ao fundo 5G. Já o BTG Pactual chamou atenção para o avanço de 11% da receita no segmento pós-pago.
Imagem: Liliane de Lima via moneytimes.com.br
A XP vê potencial limitado de valorização após alta de 46% acumulada em 2025, ante 11% do Ibovespa. Na conta do BTG, o papel negocia com dividend yield próximo de 10% para 2026, acima da média global de 4% e da rival Telefônica Brasil (VIVT3), estimada em 8%. O banco calcula remuneração total ao acionista de R$ 13,75 bilhões entre 2025 e 2027, o que implicaria yield superior a 28% no período.
Entre as casas consultadas, Ágora/Bradesco BBI indica compra com preço-alvo de R$ 26, apontando potencial de 30%. BTG Pactual, Itaú BBA e Safra também recomendam compra, todos com preço-alvo de R$ 22 (upside de 10%). Goldman Sachs, Santander e XP mantêm visão neutra, com preço-alvo de R$ 21, equivalente a 5% de alta sobre o fechamento de quarta-feira (30).
Com informações de Money Times