O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse estar “feliz” com a decisão do presidente norte-americano Donald Trump de cortar parte das tarifas aplicadas a produtos brasileiros. A declaração foi feita na manhã desta quinta-feira (20), durante a apresentação para convidados do Salão do Automóvel de São Paulo.
Segundo o governo brasileiro, a lista contemplada inclui carne, café e mais de 200 itens do agronegócio e da pecuária, entre eles fertilizantes à base de amônia. Em comunicado, Trump mencionou uma videoconferência recente com Lula e afirmou ter recebido avaliações de autoridades de que os tributos extras deixaram de ser necessários após “progresso inicial nas negociações” com Brasília.
Lula chegou ao evento acompanhado da primeira-dama, Rosângela Silva (Janja); do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB); do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT); e do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Bem-humorado, o presidente elogiou a retomada da mostra, mas criticou o valor dos ingressos. “Muita gente vai vir visitar, apesar de o preço estar um pouco caro”, afirmou.
Os bilhetes custam a partir de R$ 126 em dias úteis e R$ 162 aos fins de semana, com opção de meia-entrada. Aberto ao público a partir de sábado (22), o salão vai até o domingo seguinte (30). A última edição havia ocorrido em 2018.
Imagem: redir.folha.com.br
O vídeo exibido antes do discurso trouxe imagens de motores roncando e chamas saindo dos escapamentos, em contraste com a maior parte dos modelos apresentados nas prévias, focados em sistemas híbridos ou totalmente elétricos.
A retomada do Salão do Automóvel foi solicitada por Lula à Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) em abril de 2024. A entidade confirmou o retorno em outubro do mesmo ano. Mesmo assim, muitos dos veículos presentes nesta edição são importados, sobretudo de marcas chinesas. No estande da Stellantis, por exemplo, estarão o europeu Peugeot 3008, o Citroën C5 Aircross e a picape argentina RAM Dakota.