Executivo da MoonPay prevê retorno das memecoins em novo formato

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As memecoins, apesar da forte retração recente, devem ressurgir em um modelo diferente, segundo o presidente da plataforma de infraestrutura de pagamentos MoonPay, Keith A. Grossman. Para o executivo, o principal avanço desse tipo de ativo está na possibilidade de tokenizar a atenção de forma rápida e barata via blockchain, o que, na visão dele, democratiza a economia da atenção.

“Antes das criptomoedas, somente plataformas, marcas e um pequeno grupo de influenciadores conseguia monetizar a atenção”, afirmou Grossman. “Likes, tendências, piadas internas e comunidades geravam um enorme valor econômico, mas esse valor ficava preso em plataformas centralizadas.”

Desempenho em 2024 e perda de força em 2025

Dados da CoinGecko indicam que as memecoins estiveram entre os criptoativos com melhor performance em 2024 e se tornaram a principal narrativa de investimento naquele ano. Entretanto, críticas sobre a inexistência de valor intrínseco e uma série de implosões de tokens fizeram o entusiasmo arrefecer. O setor sofreu forte retração no primeiro trimestre de 2025, após diversos projetos serem classificados como rug pull.

Casos que ampliaram a crise

Um dos episódios de maior repercussão foi o lançamento de uma memecoin pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, às vésperas da posse em janeiro de 2025. O token chegou a valer US$ 75, mas caiu mais de 90%, sendo negociado a cerca de US$ 5,42, segundo o CoinMarketCap.

Em fevereiro, o presidente da Argentina, Javier Milei, apoiou o token social Libra, que alcançou capitalização de mercado de US$ 107 milhões antes de despencar. A queda deixou 86% dos detentores de LIBRA com perdas realizadas de pelo menos US$ 1.000. O episódio levou a investigações governamentais, ações judiciais de investidores de varejo e pedidos de impeachment contra Milei.

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Imagem: cointelegraph.com

Paralelo com as redes sociais

Grossman comparou o atual ceticismo em torno das memecoins às previsões de morte das redes sociais após o fracasso da primeira geração de plataformas, no início dos anos 2000. Para ele, assim como as redes ganharam força em uma segunda onda, as memecoins devem voltar a atrair atenção em um formato reconfigurado, mantendo a ideia de monetizar engajamento de comunidades.

Apesar do cenário adverso, o executivo da MoonPay afirma que a capacidade de transformar atenção em ativos digitais de baixo custo aponta para um potencial de retorno dos tokens de caráter memético em novos moldes.

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