Mercado imobiliário passa a tratar moradia como serviço, diz CEO da Housi

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São Paulo – A digitalização, a oferta de moradia em formato de serviço e o envelhecimento acelerado da população brasileira são os três vetores que devem redefinir o mercado imobiliário nos próximos anos, afirma Alexandre Frankel, engenheiro civil e presidente da plataforma de locação Housi.

Em entrevista concedida nesta terça-feira (10), o executivo destacou que a digitalização deixou de ser diferencial competitivo para se tornar componente essencial dos empreendimentos. “Não se trata mais apenas de planta ou localização, mas de dados, inteligência artificial e experiência conectada”, pontuou.

Moradia como serviço

Segundo Frankel, o modelo de “morar como serviço” – no qual o prédio funciona como plataforma que integra moradia, mobilidade e comunidade – tem ganhado espaço frente à ideia tradicional de posse definitiva. A Housi, fundada por ele, foi reconhecida em 2025 com o Prêmio Reclame Aqui na categoria Casas por temporada, fato apontado pelo empresário como sinal de maturidade do conceito.

Impacto demográfico

O dirigente lembrou ainda que, em menos de 15 anos, pessoas com mais de 60 anos representarão mais de 30% dos brasileiros. Para ele, esse cenário torna o segmento de senior living fundamental, com foco em autonomia, convivência e bem-estar.

Tendência de imóveis compactos

Frankel vê continuidade na procura por unidades pequenas, mas nota sobreoferta entre os produtos populares de cerca de 40 m² voltados a habitação social. Já os compactos com gestão profissional e localização central “seguem performando”, principalmente para quem valoriza mobilidade e flexibilidade de custos.

Unidades grandes e investimento

Na visão do executivo, apartamentos amplos permanecem atrativos para moradia definitiva em bairros consolidados, mas, como investimento, exigem aporte maior, apresentam menor liquidez e estão mais sujeitos à vacância.

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Imagem: redir.folha.com.br

Rentabilidade comparada

Dados citados por Frankel apontam que, nos últimos dez anos, o retorno médio do imóvel foi de 13,8% ao ano, contra 9,2% do CDI, 9,6% do IFIX e 12,3% do Ibovespa. Unidades pequenas e bem administradas, segundo ele, tendem a registrar vacância menor e liquidez superior.

Retrofit em alta

Projetos de retrofit devem ganhar força, avalia o empresário, pois permitem atualizar edifícios antigos em áreas centrais para padrões de mobilidade, bem-estar e tecnologia exigidos atualmente.

A segunda parte da entrevista, com foco em critérios para um bom investimento imobiliário, será publicada nesta quarta-feira (11).

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