Mercado mantém projeção de alta de 2,1% para o PIB de 2025, com inflação menor e mercado de trabalho resiliente

Mercado Financeiroontem13 Visualizações

As principais estimativas apontam que a economia brasileira deverá crescer cerca de 2,1% em 2025, indicando um “pouso suave” após a expansão de 3,4% registrada em 2024 — o melhor resultado desde 2011, desconsiderados os efeitos extraordinários da pandemia.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta quinta-feira (4) o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, além de possíveis revisões sobre dados anteriores. Projeções de analistas sugerem variação entre 0,1% e 0,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior, intervalo que não altera a previsão de crescimento anual próximo de 2,1%.

Inflação e mercado de trabalho

Do ponto de vista político e social, a atenção recai sobre a inflação e o emprego. A alta dos preços dos alimentos, que alcançava 8,1% ao ano em maio, desacelerou para 3,6% em novembro. O número de pessoas ocupadas ainda cresce, embora a taxa anual tenha recuado para 0,9%, o ritmo mais fraco desde 2023. Mesmo assim, os salários médios registram avanço em torno de 4% ao ano.

Previsões oficiais e do mercado

O Ministério da Fazenda projeta expansão de 2,2% para o PIB em 2025. Já a mediana de 116 instituições consultadas pelo Boletim Focus, do Banco Central, aponta alta de 2,16%, praticamente alinhada ao cenário oficial.

Crédito e juros

Apesar de taxas de juros consideradas restritivas, a atividade segue sustentada. Projeções para a expansão do crédito — bancário e via mercado de capitais — foram revistas para cima, segundo economistas do setor financeiro. Esse movimento tem o apoio de um dólar mais baixo e da desinflação chinesa, fatores que contribuíram para segurar preços internos.

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Imagem: redir.folha.com.br

Riscos e perspectivas para 2026

Para 2026, as previsões ainda preliminares indicam crescimento em torno de 1,7%, enquanto a Fazenda trabalha com 2,4%. Entre os fatores de incerteza estão a redução do Imposto de Renda, a eventual antecipação de pagamentos de precatórios, o tamanho da próxima safra, as oscilações do preço do petróleo e o comportamento dos juros de mercado — que voltaram a cair no fim de outubro.

A trajetória do câmbio também é considerada decisiva. Um salto do dólar poderia limitar o ritmo de cortes de juros em 2026, afetando o desempenho da atividade econômica.

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