Mercado de tapetes persas registra peças de até R$ 500 mil e escassez eleva preços

Estratégias de investimento1 hora atrás6 pontos de vista

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Tapetes persas comercializados no Brasil já alcançam valores de R$ 2 mil a R$ 500 mil e, mesmo assim, encontram compradores com rapidez. A loja Chão Persa Raridades, fundada há cerca de um ano pelo advogado Alexandre Rodrigues, vende entre 50 e 60 unidades por mês e recebe aproximadamente 100 interessados por dia, segundo o empresário.

Oferta limitada pressiona o mercado

Rodrigues afirma que busca novas peças há um mês sem sucesso. A procura crescente e o número reduzido de artesãos manuais — responsáveis por cada peça única — impulsionam a valorização. “Estou há um mês buscando incansavelmente peças e não consigo comprar”, diz o lojista.

Obra de arte ou investimento

Metade dos clientes adquire tapetes persas apenas para decoração; os demais os consideram ativos de investimento. O fundador da loja explica que a lã permanece alta ao longo do tempo, sinal de que o produto preserva valor quando bem conservado. Peças podem ser instaladas na parede, mas a maioria fica no chão.

Manutenção movimenta novos serviços

Para atender à demanda por conservação, a loja contratou dois especialistas em reparo, comprou máquinas de batimento de até R$ 100 mil e enfrenta custos extras com transporte, já que os tapetes dependem de transportadoras.

Liquidez considerada alta

Segundo Rodrigues, a revenda é ágil: compradores podem ser encontrados on-line, em lojas de antiguidades ou entre comerciantes de arte. Ele relata ter perdido a chance de adquirir uma peça porque ela foi vendida antes mesmo do pagamento do sinal.

Região de origem define grande parte do preço

Tapetes produzidos em cidades iranianas como Tabriz, Isfahan e Kashan são os mais valorizados. Os exemplares de Isfahan, por exemplo, utilizam apenas lã da barriga do carneiro com idade controlada e tingimento específico. Já os modelos Hamadan têm estilo mais tribal.

Entre as peças de maior destaque, a loja anuncia um Isfahan Serafian em seda por R$ 300 mil, atribuído à família Serafian, referência no setor.

Estado de conservação conta

Franjas intactas, ausência de rasgos e manchas elevam o valor. Mesmo tapetes muito danificados, cuja restauração pode levar dois anos, têm mercado garantido: há quem aprecie as marcas do tempo e quem compre pela escassez de oferta.

Tributação sobre ganho de capital

De acordo com a advogada tributarista Luisa Macário, o Imposto de Renda incide sobre a diferença entre o preço de venda e o de compra, com alíquotas de 15% a 22,5%. Ganhos de até R$ 35 mil no mês são isentos. O tapete deve constar na Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física como “Bens Móveis — Obras de arte, antiguidades e objetos de coleção”, pelo valor de aquisição.

Em um exemplo citado pela especialista, quem adquire um tapete por R$ 30 mil e o revende por R$ 200 mil paga 15% de IR sobre o ganho de R$ 170 mil. Caso o item tenha relevância artística ou histórica, ele pode ser classificado como obra de arte, mas a regra de tributação permanece a mesma. Para grandes coleções, a advogada recomenda avaliar estruturas patrimoniais específicas, como holdings.

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