Mercado vê espaço para novas máximas do Ibovespa e aponta oportunidades na Bolsa

Mercado Financeiro13 minutos atrás6 pontos de vista

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O Ibovespa acumula 12 recordes consecutivos e valorização de 23% em 12 meses, mas analistas defendem que o ciclo de alta ainda está longe do esgotamento.

“A Bolsa brasileira parecia uma mola comprimida que agora começa a se expandir”, afirma Lucas Stella, diretor da Santander Asset Management.

Valuation continua abaixo da média

No fim de 2024, o índice era negociado a um preço/lucro (P/L) de 8, bem inferior à média de 16 registrada nos sete anos anteriores, segundo a Bloomberg. Mesmo após subir 8% desde outubro, o P/L atual está em 11,27, patamar que, na avaliação dos especialistas, ainda sugere potencial de valorização.

Antônio Sanches, analista da Rico, projeta o Ibovespa em 170 mil pontos até dezembro de 2026 — 14% acima do fechamento de 157.738 pontos registrado na sexta-feira (14).

Capital estrangeiro sustenta o movimento

Investidores de fora do país aportaram líquido R$ 26 bilhões na B3 até o fim de outubro, de acordo com a Elos Ayta Consultoria. A consultoria observa que recordes do Ibovespa acompanhados de fluxo positivo externo costumam resultar em tendências mais duradouras.

Stella acrescenta que 2025 “tem sido o ano dos emergentes”, lembrando que o S&P 500 sobe 15% no período, enquanto Bolsas de países em desenvolvimento avançam, em média, mais de 35% em dólar.

Corte de juros como gatilho

A expectativa de início do ciclo de redução da Selic no começo de 2026, com recuo até 12,25% ao fim do mesmo ano, eleva o apetite por renda variável ao diminuir a atratividade dos investimentos de renda fixa. “Se tanto a taxa básica quanto os juros reais caírem, o ambiente ficará ainda mais favorável à Bolsa”, diz Sanches.

Nos Estados Unidos, também se espera afrouxamento monetário, o que estimula a busca global por ativos de maior risco, incluindo mercados emergentes.

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Imagem: redir.folha.com.br

Eleições não afastam otimismo

A proximidade do pleito presidencial de 2026 e a possível candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) não mudam, por ora, a percepção dos gestores. “Não vemos efeito específico nos demais ativos que justifique correlação direta com essa hipótese”, comenta Stella.

Setores preferidos e cautela com extremos

Analistas apontam companhias de saneamento e energia elétrica — reconhecidas pela resiliência e bons dividendos — como escolhas prioritárias. Na outra ponta, recomendam prudência com empresas de commodities, em fase de queda, e com papéis de tecnologia que dobraram de preço recentemente.

Perfil do investidor continua decisivo

Sanches lembra que ações são indicadas a perfis moderado e arrojado, sempre após constituir reserva de emergência. Para quem não acompanha o mercado de perto, investir por meio de fundos é alternativa indicada.

“Há espaço para oportunidades, não para aventuras. Quem compra só porque subiu costuma entrar caro e sair apavorado”, alerta a planejadora financeira Carol Stange. Ela reforça que a Bolsa deve ser encarada como instrumento de construção de patrimônio de médio e longo prazos, e nunca como atalho rápido para ganhos.

Instituições financeiras continuam recomendando que mesmo investidores dispostos ao risco mantenham a maior parte da carteira em renda fixa, diante da estimativa de Selic em dois dígitos pelos próximos anos.

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