Quem: Michael Saylor, presidente executivo da MicroStrategy.
O quê: pediu a criação de uma taxonomia formal para ativos digitais nos Estados Unidos.
Quando: declaração feita na teleconferência de resultados do segundo trimestre, na quinta-feira (data não especificada).
Onde: Estados Unidos.
Por quê: para definir com precisão o que é valor mobiliário, commodity digital e em quais circunstâncias um título pode ser tokenizado.
Saylor afirmou que o mercado “se beneficiaria” caso o governo “cravasse” uma classificação oficial para ativos digitais. Ele quer respostas sobre questões como: “Em que circunstâncias se pode tokenizar um valor mobiliário? O que caracteriza um valor mobiliário digital? O que é uma commodity digital, um ativo sem emissor ou um simples token?”.
Empresas de cripto pressionam a administração Trump por definições claras depois de disputas prolongadas com a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) sobre a natureza dos criptoativos. A SEC montou uma “Força-Tarefa de Cripto” para lidar com as incertezas.
Na quarta-feira, o Grupo de Trabalho da Casa Branca para Mercados de Ativos Digitais solicitou que reguladores federais acelerem a elaboração de regras sobre custódia, negociação, registro e manutenção de registros.
No dia seguinte, o presidente da SEC, Paul Atkins, disse que grande parte da inovação em tokenização ocorre fora do país devido a desafios regulatórios. Segundo ele, “empresas estão batendo à nossa porta” com pedidos para tokenizar ativos, e a agência pretende conceder isenções sempre que possível para manter a competitividade dos EUA.
O Congresso deve analisar em setembro o Digital Asset Market Clarity Act of 2025. Para Saylor, o texto criaria um “arcabouço muito rico” para que empresas emitam, negociem ou tokenizem ativos on-chain. Ele imagina um cenário em que “40 milhões de empresas possam emitir um token em quatro horas por US$ 40”.
Imagem: Trader Iniciante 2 (17)
Enquanto isso, a corretora Robinhood amplia sua aposta na tokenização. O CEO Vladimir Tenev afirmou, na teleconferência de resultados do segundo trimestre de quarta-feira, que vê oportunidade em abrir o mercado privado a investidores de varejo e está negociando com reguladores para viabilizar isso.
A empresa já lançou tokens de private equity na Europa que remetem a ações da OpenAI e da SpaceX. Contudo, a oferta motivou investigação legal na Lituânia, e a própria OpenAI alertou que o token não possui vínculo com seu capital real.
Os debates sobre uma taxonomia oficial deverão prosseguir nos próximos meses, tanto em Washington quanto no setor privado, à medida que empresas clamam por segurança jurídica para avançar em seus projetos de tokenização.
Com informações de Cointelegraph