Michael Saylor transforma a MicroStrategy em maior detentora corporativa de Bitcoin

Criptomedas18 minutos atrás6 pontos de vista

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Washington, EUA – Em agosto de 2020, Michael Saylor, cofundador e então presidente‐executivo da MicroStrategy, iniciou uma mudança de rota que colocou a empresa de software na liderança da adoção corporativa de Bitcoin (BTC). O executivo destinou US$ 250 milhões do caixa da companhia para a compra da criptomoeda, justificando a decisão pelo enfraquecimento do dólar e riscos inflacionários de longo prazo.

Primeiras compras e mudança de paradigma

O investimento de agosto de 2020 foi, à época, a maior aquisição de Bitcoin já realizada por uma companhia de capital aberto. Nos meses seguintes, a MicroStrategy reforçou a posição: US$ 175 milhões em setembro, US$ 50 milhões em dezembro e uma emissão de notas conversíveis de US$ 650 milhões, que levou o total aplicado a mais de US$ 1 bilhão.

Saylor classificou o Bitcoin como um “Manhattan no ciberespaço”, um ativo escasso e indestrutível voltado à preservação de capital. Enquanto apoiadores consideraram a estratégia inovadora, críticos a viam como arriscada.

Escalada de compras e alavancagem

Na teleconferência de resultados de julho de 2020, o executivo já havia sinalizado o interesse em “ativos alternativos”, incluindo Bitcoin e ouro, em vez de manter caixa. A partir daí, as aquisições passaram a ser trimestrais e em grande escala, garantindo custo médio competitivo.

No início de 2021, a empresa havia tomado mais de US$ 2 bilhões em empréstimos para ampliar o estoque de Bitcoin. Saylor afirmou que a MicroStrategy pretendia manter o investimento “por pelo menos 100 anos”. Apesar da volatilidade — de US$ 11 mil para US$ 64 mil ao longo de 2021 e queda para perto de US$ 16 mil no fim de 2022 —, a companhia continuou comprando por meio de aportes regulares.

O desempenho das ações da MicroStrategy acompanhou a ofensiva: até o fim de 2024, os papéis superaram múltiplas vezes o retorno do S&P 500 e o mercado passou a enxergar a firma mais como um “proxy” alavancado de criptomoedas do que como uma desenvolvedora de software.

Financiando a estratégia

No início de 2025, a MicroStrategy detinha pouco mais de 2% da oferta fixa de Bitcoin, cerca de 500 mil BTC. Somente no acumulado do ano, a companhia comprou mais de 150 mil moedas a um preço médio de aproximadamente US$ 94 mil, elevando o valor de mercado da posição para além de US$ 50 bilhões.

Michael Saylor transforma a MicroStrategy em maior detentora corporativa de Bitcoin - Imagem destacada - Renda fixa: XP exibe CDBs de até 14,90% e LCAs de até 12,43% nesta sexta-feira (8)

Imagem: Imagem destacada – Renda fixa: XP exibe CDBs de até 14,90% e LCAs de até 12,43% nesta sexta-feira (8)

Em junho de 2025, veio mais um movimento: aquisição de 10.100 BTC por US$ 1,05 bilhão. Ao todo, a empresa já desembolsara quase US$ 42 bilhões em Bitcoin desde 2020, financiando parte das compras por meio de emissões de ações e dívidas conversíveis. Analistas passaram a debater os riscos de endividamento caso o preço do ativo sofresse quedas acentuadas ou se a diluição acionária pesasse sobre a confiança dos investidores.

Aposta pessoal e influência no mercado

Antes de direcionar os recursos corporativos, Saylor havia comprado 17.732 BTC com patrimônio próprio, avaliados em quase US$ 175 milhões na época. A experiência particular reforçou a convicção do executivo e inspirou outras empresas: nos cinco primeiros meses de 2025, aquisições institucionais e corporativas de Bitcoin somaram mais de US$ 25 bilhões.

Próximos passos

A MicroStrategy segue recorrendo a dívidas conversíveis e outros instrumentos para ampliar suas reservas. Saylor sustenta que o Bitcoin deve se firmar como padrão de tesouraria corporativa, especialmente com o impacto dos ciclos de halving e o interesse crescente de instituições.

Lições destacadas por Saylor

Segundo o executivo, pesquisa aprofundada, visão de longo prazo, gestão de risco, convicção e a separação entre patrimônio pessoal e estratégia corporativa formam os pilares de sua abordagem para a criptomoeda.

A trajetória de Michael Saylor, de líder de uma empresa de inteligência de negócios a arquiteto de uma megatesouraria em Bitcoin, continua a atrair atenção e a influenciar a adoção institucional do ativo digital.

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