São Paulo, 10 de setembro de 2025 – O contrato futuro do Ibovespa para outubro (WINV25) encerrou o pregão desta quarta-feira em alta de 0,51%, aos 144.370 pontos. O movimento foi apoiado por indicadores macroeconômicos no Brasil e nos Estados Unidos, além do desempenho positivo de commodities.
Mais cedo, análise técnica do BTG Pactual indicou que a tendência de alta dependeria do rompimento da resistência em 143.660 pontos, patamar superado ao longo da sessão.
O dólar futuro para outubro recuou 0,60%, negociado a R$ 5,4290. Segundo operadores, a moeda segue dentro da faixa de lateralidade entre o suporte de R$ 5,400 e a resistência de R$ 5,500.
O IBGE divulgou que o IPCA caiu 0,11% em agosto, após alta de 0,26% em julho. No acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 5,13%. As projeções de economistas consultados pela Reuters apontavam queda de 0,15% no mês e avanço de 5,09% em 12 meses.
Após o resultado, os juros futuros mostraram leve alta nos vencimentos mais curtos. O contrato para janeiro de 2026 fechou a 14,900% (14,898% no ajuste anterior), o de janeiro de 2029 terminou a 13,200% (13,192%) e o de janeiro de 2033 acabou em 13,620% (13,635%).
No mercado à vista, o Ibovespa subiu impulsionado pelas blue chips. As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) avançaram 1,81%, a R$ 31,51, acompanhando a valorização do petróleo.
Imagem: Equipe Money Times via moneytimes.com.br
Investidores acompanharam a retomada do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O receio se concentra em possíveis novas retaliações comerciais dos Estados Unidos, após o presidente Donald Trump impor, no fim de julho, tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
Nos EUA, o Índice de Preços ao Produtor (PPI) caiu 0,1% em agosto, contrariando a expectativa de alta de 0,3%. O dado reforçou as apostas de que o Federal Reserve pode cortar a taxa básica em 0,25 ponto percentual na próxima semana.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, subiu 0,08%, para 97,82 pontos.
Combinados, esses fatores sustentaram a alta do mini-índice brasileiro e pressionaram a cotação do dólar futuro, em sessão marcada por volatilidade moderada.