O contrato futuro do Ibovespa, representado pelo mini-índice WINV25, encerrou a sessão desta quarta-feira, 1º de outubro de 2025, com recuo de 0,61%, aos 146.250 pontos, refletindo a aversão a risco nos mercados internacionais.
Análise técnica divulgada pelo BTG Pactual apontou enfraquecimento da demanda compradora, marcado pela dificuldade do ativo em estabelecer topos e fundos ascendentes. Segundo o banco, a tendência de alta continua válida enquanto o contrato permanecer acima da média móvel de 200 períodos, situada em 145.460 pontos.
Para retomar o ímpeto de compra, os analistas indicam a necessidade de rompimento das resistências em 148.000 e 149.000 pontos. Os suportes mais próximos estão em 146.000 pontos e justamente na média de 200 períodos.
O dólar futuro para outubro subiu 0,21%, negociado a R$ 5,361. O gráfico sinaliza potencial recuperação de curto prazo até R$ 5,420, faixa que pode voltar a atrair vendedores.
No exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar ante uma cesta de seis moedas, recuou 0,03%, para 97.741 pontos. O mercado acompanhou o início da paralisação do governo dos Estados Unidos (shutdown), fator que deve atrasar a divulgação de indicadores importantes, como o relatório de emprego (payroll) previsto para sexta-feira, 3.
Durante o pregão, o mini-índice oscilou próximo da estabilidade, mas terminou em terreno negativo. Para Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, a ausência de dados do mercado de trabalho eleva a incerteza sobre os próximos passos do Federal Reserve.
Imagem: Equipe Money Times via moneytimes.com.br
No Brasil, investidores monitoraram debates na Câmara dos Deputados sobre o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5.000. A proposta inclui desconto para rendimentos de até R$ 7.350 e cria alíquota mínima de 10% para contribuintes de renda muito elevada.
Também esteve no radar a medida provisória que regulamenta apostas esportivas e aplicações financeiras. O texto pode gerar R$ 20 bilhões em receita e reduzir em R$ 15 bilhões as despesas públicas, mas perde validade em 8 de novembro caso não seja votado a tempo.
A sessão foi encerrada sem novos catalisadores, com investidores atentos à evolução do cenário fiscal doméstico e à continuidade do impasse orçamentário nos Estados Unidos.