Mini-índice recua 0,30% e dólar futuro avança 0,42% nesta terça-feira

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O contrato do Ibovespa futuro com vencimento em outubro de 2025 (WINV25) encerrou o pregão desta terça-feira, 26 de agosto, em baixa de 0,30%, aos 140.425,39 pontos. A queda foi atribuída à leitura do IPCA-15 acima das projeções do mercado e ao aumento das tensões políticas nos Estados Unidos.

Na mesma sessão, o dólar futuro para setembro (DOLC1) subiu 0,42%, cotado a R$ 5,443.

Inflação brasileira impacta expectativas

O IPCA-15 de agosto registrou deflação de 0,14%, movimento menos intenso que o recuo de 0,21% estimado por economistas, segundo levantamento do Broadcast. Trata-se da primeira deflação desde julho de 2023.

O Itaú BBA destacou surpresas de alta em itens como energia elétrica residencial, cursos regulares, alimentação fora de casa e higiene pessoal. O banco manteve seu cenário-base, prevendo IPCA de 5,1% em 2025 e núcleos de serviços próximos a 7%.

Para a Warren Investimentos, os núcleos de serviços mais fortes acenderam sinal de alerta. Já Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, afirmou que o mercado passa a avaliar a possibilidade de o Banco Central antecipar cortes na taxa de juros.

Cresce a aversão a risco no exterior

Em Wall Street, os principais índices fecharam em alta, impulsionados pela expectativa do balanço da Nvidia, divulgado após o fim do pregão. As ações da fabricante de chips de inteligência artificial avançaram mais de 1% durante o dia.

Imagem: Equipe Money Times via moneytimes.com.br

No campo político, o presidente Donald Trump demitiu a diretora do Federal Reserve Lisa Cook, acusando-a de irregularidades em empréstimos hipotecários. Cook contestou a decisão e prometeu recorrer à Justiça, enquanto o Fed informou que acatará o que for determinado judicialmente.

O dólar perdeu força no exterior: por volta das 17h (horário de Brasília), o índice DXY recuava 0,17%, a 98.260 pontos. Mesmo assim, a desvalorização das commodities e o aumento da aversão a risco pressionaram moedas de países emergentes, como o real.

Combinados, o IPCA-15 acima do esperado e o cenário externo conturbado contribuíram para o recuo do mini-índice e a valorização do dólar futuro na B3.