São Paulo, 8 de setembro de 2025 – O contrato do mini-índice para outubro (WINV25), que reflete o Ibovespa futuro, encerrou o dia em baixa de 0,63%, aos 143.795 pontos. O movimento foi atribuído à realização de lucros no mercado doméstico e à pressão negativa de ações dos setores bancário e de varejo.
Mais cedo, analistas do BTG Pactual destacaram em relatório que a continuidade da tendência de alta dependeria do rompimento da máxima registrada na sexta-feira (145.465 pontos). Caso isso ocorra, o banco projeta alvo em 146.870 pontos.
No mesmo pregão, o dólar futuro para outubro avançou 0,12%, cotado a R$ 5,4515.
No ambiente interno, investidores acompanharam com prudência a proximidade do reinício do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para amanhã. O mercado teme que o processo resulte em novas retaliações comerciais dos Estados Unidos.
Na rodada anterior de tarifas, o presidente norte-americano Donald Trump aplicou alíquota de 50% sobre produtos brasileiros, justificando a medida pelo andamento da ação contra Bolsonaro.
O Boletim Focus manteve a mediana das projeções para a inflação de 2025 em 4,85%, após 14 cortes consecutivos, e reduziu levemente a estimativa para 2026 de 4,31% para 4,30%. Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2025, a expectativa passou de 2,19% para 2,16%.
As taxas de Depósitos Interfinanceiros (DI) oscilaram pouco. No fechamento:
Imagem: Equipe Money Times via moneytimes.com.br
• DI jan/27: 13,925% (-1 ponto-base)
• DI jan/28: 13,235% (13,241% no ajuste anterior)
• DI jan/31: 13,48%
• DI jan/33: 13,66%
No exterior, os rendimentos dos Treasuries prolongaram a queda iniciada na sexta-feira (5), após dados fracos do mercado de trabalho reforçarem apostas de cortes de juros pelo Federal Reserve na próxima reunião. A diminuição dos yields favoreceu os índices acionários: Dow Jones subiu 0,25%, S&P 500 avançou 0,21% e Nasdaq ganhou 0,45%.
O dólar perdeu força globalmente; o índice DXY recuou 0,28%, para 97.466 pontos.
Segundo o BTG Pactual, o dólar futuro permanece há quatro semanas entre resistência em R$ 5,510 e suporte em R$ 5,400. O rompimento dessa faixa deve indicar a próxima tendência. No momento, o contrato opera abaixo das médias móveis, que funcionam como barreiras.
Para o mini-índice, o banco observa a formação de topos e fundos ascendentes, com todas as médias móveis inclinadas para cima, sinalizando viés altista.