O contrato futuro do Ibovespa (WINV25), conhecido como mini-índice, fechou a sessão desta terça-feira, 7 de outubro de 2025, em baixa de 1,66%, aos 141.777 pontos, acompanhando o movimento negativo do mercado acionário brasileiro.
Análise técnica do BTG Pactual aponta que o ativo rompeu resistências em 145.880 e perdeu o suporte relevante de 144.000 pontos. A última zona considerada capaz de preservar a tendência de alta de longo prazo encontra-se em torno dos 140 mil pontos.
O contrato de dólar futuro para outubro subiu 0,70%, negociado a R$ 5,382. O preço voltou a ficar abaixo das médias móveis, que retomaram inclinação negativa, sinalizando intensificação da pressão vendedora. Segundo o BTG, há suportes em R$ 5,340 e R$ 5,300; as resistências mais próximas estão em R$ 5,370 e R$ 5,400.
No exterior, o índice que mede a força do dólar frente a outras moedas avançou 0,38%, para 98.105 pontos. A combinação de crise política na França e prolongamento do shutdown nos Estados Unidos reforçou a aversão a risco, penalizando ativos de países emergentes e fortalecendo a moeda norte-americana.
No âmbito doméstico, persistem incertezas em torno da Medida Provisória 1.303, que trata da taxação de apostas esportivas e substitui o aumento do IOF. Com validade até quarta-feira (8), a proposta pressiona o sentimento de risco. O relator, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), apresentou nova versão que inclui cobrança retroativa sobre bets e mantém isenções para LCA, LCI, LCD, LH e LIG.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estimou arrecadação de R$ 5 bilhões em três anos por meio de um programa de repatriação com alíquota de 30%. A MP projeta gerar R$ 17 bilhões em receitas até 2026. Haddad também confirmou a inclusão da tarifa zero no transporte público no plano de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Diante desse panorama, o Ibovespa futuro chegou a recuar 1,57%, a 141.356 pontos, refletindo o aumento da cautela dos investidores.