Mini-índice avança apesar de sinais de exaustão; dólar futuro recua após romper suporte

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São Paulo, 7 de novembro de 2025 – O contrato futuro do Ibovespa para dezembro (WINZ25) encerrou a sexta-feira com alta de 0,26%, aos 156.115 pontos. Mesmo com o avanço, a análise técnica do BTG Pactual indica possível perda de fôlego da força compradora e abertura de espaço para correção nos próximos pregões.

O banco aponta como principais níveis de suporte as médias móveis de 21 períodos, em 155.160 pontos, e de 50 períodos, em 153.600 pontos. Na sessão da manhã, o mini-índice chegou a recuar 0,2%, sendo negociado a 155.355 pontos.

Câmbio

O dólar futuro registrou queda de 0,33%, cotado a R$ 5,360, movimento que rompeu levemente o suporte anterior de R$ 5,370. Caso permaneça abaixo desse patamar, o ativo pode consolidar uma nova tendência de baixa. Até então, operava entre o suporte rompido e a resistência em R$ 5,420.

No exterior, o índice DXY – que mede o desempenho do dólar ante moedas de países desenvolvidos – cedeu 0,12%. A fraqueza reflete o prolongado shutdown do governo dos Estados Unidos, o mais longo da história, e a escassez de dados econômicos, fatores que geram incerteza sobre a trajetória da política monetária do Federal Reserve.

O setor de tecnologia norte-americano também contribuiu para a pressão de venda sobre a divisa. Empresas de inteligência artificial sofreram correções acentuadas após lucros abaixo das projeções e anúncios de demissões. Para Ricardo Trevisan, CEO da Gravus Capital, a concentração de investimentos em IA deixou o mercado vulnerável a movimentos mais fortes de realização.

Imagem: Equipe Money Times via moneytimes.com.br

Influência doméstica

No mercado local, o desempenho do mini-índice foi impulsionado por Petrobras (PETR4; PETR3). A estatal divulgou lucro líquido de US$ 6,03 bilhões no terceiro trimestre, alta de 2,7% em relação ao mesmo período de 2024, mesmo com queda de 13,9% nos preços do petróleo. A companhia ainda anunciou dividendos intercalares de R$ 12,16 bilhões, equivalentes a R$ 0,94 por ação ordinária e preferencial.

Combinados, os fatores internos e externos determinaram a sessão, deixando no radar dos investidores a possibilidade de ajustes técnicos no índice e de continuidade da pressão baixista sobre o dólar futuro.